palito vs fio dentário

Palito VS Fio Dentário

Palito VS Fio Dentário Segundo a literatura, o uso de dispositivos interdentários é tão importante como o uso da escova dentária. Apesar de grande parte da população não utilizar este tipo de meio auxiliar de escovagem, tem-se que o fio dentário é o método mais eficaz na remoção de biofilme neste tipo de zona, prevenindo fenómenos de inflamação gengival e cárie interproximal. Encontram-se disponíveis no mercado fios: Torcido ou não torcido; Com ou sem flúor; Encerado ou não encerado; As recomendações devem ser baseadas na facilidade de uso e na preferência pessoal Palito O seu uso é desaconselhado sendo possível ver em muitos pacientes que o usam, a destruição da papila e da estrutura dentária, assim como provocar que as restaurações feitas pelo dentista saltem. Dada a sua natureza, é tão duro que ou força a passagem destruindo, ou parte. Flosspick Tem flexibilidade e não força a passagem em demasiado. Fio dentário Muito mais eficaz e deve ser introduizdo até à zona não aderida. Muitas vezes os pacientes acham que é só para atravessar o ponto de contacto e remover restos de comida, mas o objetivo da sua utilização diária é a higienização da gengiva. Deve-se usar o mais grosso que conseguirmos para passar entre os dentes para que o contacto seja maior possível com as superfícies. Fio, fia ou expansor A ideia é usar o que couber, se o espaço for muito apertado não irá caber um escovilhão, então usa-se o fio dentário, se couber a fita usamos a fita, se sobrar espaço usa-se o fio expansor e se o fio expansor andar a nadar usa-se o escovilhão.

dor de dentes

Tipos de dor de dentes

Tipos de dor de dentes A dor de dentes é, segundo a definição da International Association for the Study of Pain (IASP), uma experiência multidimensional, desagradável, envolvendo não só um componente snesorial, mas também um componente emocional (Khan, Zusman et al. 2019, Peres, Macpherson et al. 2019). Que tipos de dor de dentes existem? Dor provocadas: dores ligeiras ou severas que desaparecem alguns segundos após a remoção do estímulo que normalmente costuma ser o frio, mas também pode ser alimentos doces ou muito condimentados. A este estado chamamos pulpite reversível, pois verificamos uma ligeira inflamação da polpa dentária, com capacidade de cura se removermos o agente irritante, isto é, pode ser resultado de uma cárie, de um traumatismo, restauração deficiente ou recente. Dores espontâneas: dor moderada a severa que persiste após a remoção do estímulo e que pode ser espontânea. A dor pode ser aguda ou contínua, localizada ou irradiada e de desaparecimento lento e por norma, nesta fase mais avançada o estímulo normalmente costuma ser o frio e o dente sensível à percussão. Por norma o prognóstico não é o que gostaríamos, pois, a polpa do dente não não tem recuperação possível, a que chamamos comummente de pulpite irreversível. O tratamento nestes casos é mais invasivo e dispendioso pelo que consiste no Tratamento Endodôntico do dente, ou por outras palavras, na sua “desvitalização” e em casos mais graves poderá culminar na extração do dente em questão… No entanto, a dor de dentes pode ter outras causas e outras origens: Trauma: muito frequente nos dentes anteriores; Sensibilidade dentária: esta consiste usualmente numa dor aguda ou de curta duração, provocada normalmente por um estímulo térmico, tátil ou químico, sobre um tecido dentário, a dentina, que normalmente se encontra exposta; Periocoronarite: Frequentemente em sisos, consiste na inflamação ou infeção dos tecidos orais associados à erupção dentária; Entre outras situações.

bons hábitos de higiene oral

Como criar bons hábitos de higiene oral nas férias dos seus filhos?

Como criar bons hábitos de higiene oral nas férias dos seus filhos? Pode encontrar estes kits na nossa loja parceira As tão aguardadas férias das nossas crianças já chegaram e já vão a meio, no entanto sabemos que as bactérias cariogénicas não tiram nenhum descanso! Para garantir bons hábitos de higiene oral dos seus filhos e prevenir a cárie dentária, devemos estar sempre em alerta, principalmente nesta fase em que o consumo de gelados, bolas de Berlim, enfim, tudo o que é docinho prevalece nas férias dos pequenotes. Algumas dicas para criar bons hábitos de higiene oral durante as férias dos seus filhos: Manter uma boa hidratação e garantir que bebem água frequentemente. Sabemos que a saliva é um fluido transparente com composição muito diluída e que cerca de 99% é água e 1% proteínas variadas e substâncias inorgânicas. Nesse sentido, a diminuição do fluxo salivar ou alterações na sua composição, podem causar desequilíbrios na cavidade oral como por exemplo o aumento da incidência de cárie, inflamação gengival, mau hálito e infeções fúngicas. Além das consequências na cavidade oral, a desidratação poderá causar outros sinais visíveis como cansaço físico, dores de cabeça, a desorientação ou o aparecimento da urina escura. É essencial garantir estratégias para uma boa hidratação, uma vez que o bom funcionamento do organismo, ajuda a regular a temperatura corporal. Garantir que escovam os dentes, pelo menos, após o pequeno-almoço e antes de irem dormir. No entanto, uma dica útil seria o apelo à escovagem ao vir da praia por exemplo, caso o consumo de doces seja elevado. Garantir que a criança tenha disponível um kit de saúde oral extra só seu, no local onde passa mais tempo durante as férias para que possa escovar os dentes sempre que necessário, por exemplo em casa dos avós ou no campo de férias, centro de estudo ou ATL. Através deste link (Curaprox Kit de Viagem Laranja –) poderá adquirir um kit completo de higiene oral à venda na nossa clínica parceira, constituído por: Escova de dentes de viagem (deverá ser adequada à idade da criança, no sentido de tornar a esxovagem mais confortável. Deixe o seu filho escolher a cor do kit e da escova com que mais se identifica! Pasta de dentes Cupraprox Be You, com vários sabores; Escovilhões interdentários CPS Prime, de diferentes tamanhos. Incentive os mais pequenos a utilizarem fio dentário pelo menos uma vez por dia, ao deitar, antes da escovagem: Acredita-se que por volta dos 8 anos de idade, a criança já possua a destreza manual e autonomia necessárias para o realizarem sozinhas, até lá, irão precisar da sua ajuda! Referências Bibliográficas: Cabral S. Saliva Natural vs Saliva Artificial: Composição Bioquímica. [Internet]. Porto. Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto; 2012 [citado 15 de agosto de 2024]. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/86396 10 Hábitos para uma higiene oral perfeita. Kin. [internet]. Porto; 2024 [citado a 14 de agosto de 2024]. Disponível em: https://www.kin.es/pt/habitos-higiene-bucal-perfecta/ 

consulta no dentista

Como preparar o seu filho para a consulta no dentista

Como preparar o seu filho para a consulta no dentista O medo de ir ao dentista é um problema bastante comum entre as crianças e por isso é normal que a ansiedade ou desconforto sejam sentimentos presentes nos mais pequenos em relação à ida a uma consulta de medicina dentária. Lidar com esse receio desde cedo e preparar o seu filho para a primeira consulta no dentista, é essencial para garantir uma boa saúde oral e consequentemente uma boa saúde geral. Para um desenvolvimento saudável do seu filho, segue neste artigo algumas dicas simples que podem tornar a primeira consulta dentária mais confortável e natural para as crianças. Leve o seu filho ao dentista desde pequenino. A consulta deverá ser o mais cedo possível: fazer um acompanhamento precoce permitirá ao médico dentista conhecer a evolução dentofacial da criança e atuar preventivamente, tratar lesões ainda em início e promover a criação de hábitos saudáveis a nível alimentar e de higiene oral. Estudos recentes indicam que a primeira consulta de medicina dentária da criança deverá realizar-se na altura da erupção do primeiro dente decíduo (“ou de leite”) que costuma ser por volta dos 6 meses de idade. Prepare o seu filho para a ida ao dentista, converse com ele, sem o assustar e caso necessário faça 3 respirações profundas com ela no momento anterior à consulta; Relembre-se que as conversas com o seu filho sobre o dentista deverão ser positivas, isto é, quaisquer procedimentos que poderão vir a ser necessários no dentista não deverão ser usados como ameaça ou como castigo: “se não fazes, vais levar uma pica…”. E, no final de cada consulta, tudo o que foi positivo deve ser realçado. Talvez até exageradamente…, mas o discurso deverá ser sempre no sentido de “correu tudo bem, tu consegues/conseguiste, deixaste fazer tudo, aguentaste muito bem de boca aberta e por isso foi muito rápido”. Crie rotinas de higiene oral de forma divertida. Implementar uma rotina no quotidiano é extremamente importante para que criem hábitos e determinadas tarefas passem a ser mais intrínsecas. Tal como o ato de escovar os dentes. Uma ferramenta divertida que poderá ajudar as crianças a manterem o hábito da escovagem 2 vezes por dia é o mapa de escovagem! Após cada escovagem, as crianças pintarão no mapa de escovagem, um sol ou uma lua, dependendo se esta foi durante o dia ou à noite. Desta forma, criam um registo visual divertido e colorido do cuidado com os seus dentes. Lembre-se de que os cuidados continuam fora do consultório! Garanta que não há fome ou sede, nem vontade de ir à casa de banho. Prenda o cabelo da criança e remova todos os acessórios. Deixe o médico dentista conduzir a conversa. A presença dos pais só será útil enquanto for tranquilizadora ou encorajadora. Caso os pais acabem por ser um refúgio ou o discurso seja desmotivador ou não produtivo, talvez seja mais interessante não entrar com a criança. Caso este seja o caso, não se preocupe que antes ou no final da consulta os pais serão informados de tudo! Referências Bibliográficas: Pinto D. Medo em Odontopediatria : Causas e Consequências . [Internet]. Instituto Universitário Ciências da Saúde; 2018 [citado 7 de agosto de 2024]. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11816/3142 Trofa Saúde. A primeira consulta de medicina dentária da criança. [internet]. Porto. 2020. [citado a 7 de agosto de 2024]. Disponível em: https://www.trofasaude.pt/artigos/a-primeira-consulta-de-medicina-dentaria-da-crianca/  Sorrir Clínica Odontologica CRO. Como preparar meu filho para a primeira consulta no dentista. [internet]. Florianópolis. 2019. [citado a 8 de agosto de 2024]. Disponível em:  https://clinicasorrir.odo.br/primeira-consulta-dentista/ 

alinhadores

Vantagens do tratamento com alinhadores invisíveis

Vantagens do tratamento com alinhadores invisíveis Os alinhadores invisíveis constituem a solução ideal de alinhamento dentário para quem procura uma alternativa ao aparelho ortodôntico convencional fixo, com brackets. Praticamente ninguém irá perceber quando os está a usar pois são quase invisíveis; Sempre removíveis; Tecnologia avançada; Peça o orçamento na nossa clínica! Em casos clínicos corretamente selecionados, por exemplo, em pacientes com uma má-oclusão bem selecionada, a utilização destes alinhadores torna-se muito vantajosa, podendo levar muitas vezes a um excelente resultado ortodôntico. Principais vantagens: Melhoria da estética; Conforto; Capacidade de remoção durante as refeições, escovação e uso do fio dentário; Melhor saúde periodontal e maior satisfação dos pacientes durante o tratamento em comparação do que com a utilização do aparelho ortodôntico fixo; Menos tempo de consulta e menor número de consultas de urgência uma vez que há menor probabilidade de fratura ou os alinhadores virem a causar dor; Estudos relatam menor sensação de dor nos primeiros dias de tratamento utilizando alinhadores invisíveis do que quando aparelho ortodôntico fixo; A eficácia do resultado do tratamento deve ser considerada junto com a vontade do paciente. Será que posso utilizar? O tratamento com alinhadores invisíveis pode ser usado por toda a família, isto é, desde crianças a partir dos 6 anos de idade, a partir dos 10 anos em casos de adolescentes e também pode ser usado por pessoas mais velhas; Para que tipos de casos estão indicados? Podemos usar alinhadores invisíveis numa ampla diversidade de casos clínicos, contudo se o seu desejo for colocar alinhadores invisíveis para alinhar o seu sorriso deverá marcar uma consulta de avaliação com a nossa clínica para a nossa equipa de ortodontia poder avaliar o seu caso. No entanto pode ser usado em situações clínicas de: Sobremordidas; Prognatismo; Mordida cruzada; Espaços entre os dentes; Mordida aberta; Dentes apinhados. Referências Bibliográficas: Aparelho Invisível: qual é o preço, as vantagens e como funciona. AngelSmile. 2023. [citado a 23 de julho de 2024]. Disponível em:  https://angelsmile.com.pt/aparelho-invisivel/ Spada R. A eficácia dos movimentos dentários realizados com alinhadores invisíveis – revisão narrativa. Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa. Porto; 2022 [citado a 22 de julho de 2024]. Disponível em: http://hdl.handle.net/10284/11622 Miguel Costa Monteiro. Invisalign. 2023.[citado a 23 de julho de 2024]. Disponível em: https://pedrocostamonteiro.com/invisalign/ 

implantes

Vantagens dos tratamentos com implantes

Vantagens do tratamento com implantes Cada vez mais o tratamento com implantes dentários, bem como as próteses implantossuportadas permitem: Devolver ao paciente o seu sorriso; Repor o volume alveolar perdido Restabelecer as funções mastigatória, fonética e a deglutição; Melhora a estética e a harmonia facial.  Os implantes comportam-se como sendo dentes naturais, ou seja, os pacientes reabilitados com os mesmos não sentem a sua presença em boca, como se tratasse de um corpo estranho. Mas afinal em que consiste o tratamento com implantes? A reabilitação do paciente com implantes, reabilitação essa que pode ser unitária ou total, segue um curso de tratamento constituído por 4 fases: A fase de planificação, que consiste no estudo e planeamento de cada caso clínico; A fase cirúrgica, isto é, a cirurgia propriamente dita; A fase restauradora, isto é, o momento em que as reabilitações são feitas em laboratório e são feitas totalmente personalizadas à boca e ao gosto do paciente em termos de forma e cor – para obtermos o resultado mais natural possível; E por fim a fase de manutenção, que permite que tudo o que até aqui foi realizado se mantenha em saúde ao longo da vida. E os implantes são sempre a melhor solução quando falta um dente? O tratamento com implantes não é sempre a melhor opção. Em certas situações pode ser o mais indicado e noutras podemos recorrer a soluções como a prótese fixa e a removível. Contudo, os implantes geralmente continuam a ser a opção terapêutica que permite uma reabilitação oral que mais se aproxima da dentição natural em termos fisiológicos e de conforto. Como posso saber a melhor solução para o meu caso? Se pretende colocar implantes dentários e possui algumas dúvidas sobre o tratamento, não hesite em esclarecê-las connosco. Se possui idade superior a 20 anos, em princípio, a idade não será um problema. A nossa clínica possui médicos dentistas da área da implantologia e estarão ao seu dispor para o poder ajudar com o tratamento ideal para si. Marque já a sua consulta, pois é necessário realizar uma consulta médica de avaliação completa para estudar cada caso clínico e analisar respetivas limitações. Por isso, dependendo do caso, pode ser preciso partir para soluções de implantes personalizadas para cada paciente. 

dentista

Mas afinal porque tanta gente tem medo de ir ao dentista?

Mas afinal porque tanta gente tem medo de ir ao dentista? O medo de ir ao dentista está enraizado em muitas pessoas e talvez seja uma das razões para a falha de muitos comportamentos preventivos e para a falha de cuidados médicos. Sabemos que os dentes e a sua aparência são muitos importantes para a estética da face, contribuindo por isso para o equilíbrio psicológico do indivíduo assumindo um papel muito importante na relação com o outro. No entanto se há algumas décadas atrás o tratamento dentário não era tão previsível e seguro, hoje em dia já não existem motivos para ter medo ao comparecer nas consultas. Ainda assim, esse medo pode ser adquirido através de experiências passadas na infância e até mesmo através de relatos assustadores de parentes e amigos. Posto isto, aqui se encontram algumas dicas que pode usar no dia da visita ao seu médico dentista, para ficar bem mais tranquilo. Comunicar com o profissional os seus medos, inseguranças e o que o deixa nervoso na consulta de medicina dentária. Uma conversa aberta sobre os seus medos e o que o impede de iniciar os tratamentos irá com certeza acalmá-lo e ajudá-lo a racionalizar alguns dos seus receios. Atualmente existem alguns estudos que concluem que o ouvir música durante os tratamentos dentários ajuda significativamente na redução do stress e ansiedade, por isso sinta-se à vontade para poder colocar os seus auscultadores e ouvir as músicas que mais gosta. Coloque todas as questões que estiverem a preocupá-lo sobre o procedimento: Para se sentir mais confiante, peça ao seu médico que lhe explique o procedimento, dessa forma quanto melhor for o esclarecimento, menor será a ansiedade e o medo associado. Pode pedir a um familiar ou um amigo que o acompanhe no dia da consulta para que possa ir ao dentista com mais confiança e tranquilidade; Pense numa coisa que goste de fazer e planeie fazê-la depois da consulta. Recompense-se por não ter adiado este compromisso e ter-se sentado na cadeira do dentista, dessa forma o dia não parecerá tão intimidante. Não se esqueça! Para evitar o desenvolvimento de problemas dentários maiores e a necessidade de realização de tratamentos mais complexos, é importante que não adie as consultas agendadas pelo medo ou ansiedade de ir ao dentista, e adotar uma abordagem preventiva em relação à saúde oral, que, como sabemos, está interligada com a nossa saúde geral. Isso inclui visitas regulares ao médico, bem como ter uma boa higiene oral diária, através da escovagem e uso do fio dentário. Referências Bibliográficas: Rezende, M., Rogério, & Mello. (2022). Perda Precoce de Dentes decíduos. Cadernos de Odontologia Do Unifeso, 4(2), 152–158. Ordem dos Médicos Dentistas. Mantedores de espaço. Porto; 2013 [citado a 13 de abril de 2024]. Disponível em: https://www.omd.pt/formacao/cursos/mantedores-de-espaco/ . Dias A.  Perda Precoce de primeiros molares definitivos em crianças .  [Internet] Instituto ; 2013; [citado 12 de junho 2024]. Disponível em:https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/13949/1/Dias%2C%20Andreia%20Salom%C3%A9%20Trinc%C3%A3o.pdf

Importância da dentição decídua

Importância dos dentes de leite Alguma vez se questionou quantos dentes de leite nascem? A primeira dentição tem no total 20 dentes e fica completa aproximadamente aos 3 anos de idade! Ter uma ideia de quais dentes existem e como eles são, é importante para que consiga fazer o acompanhamento do nascimento destes dentinhos. No total à dentição de leite corresponde 20 dentinhos e em regra, dentes inferiores erupcionam mais cedo do que os superiores. A sequência nem sempre ocorre desta forma e por isso a erupção dentária não segue sempre esta cronologia, pelo que só nos devemos basear nestas idades como uma informação meramente orientativa. Mas afinal qual é a importância dos dentes de leite? Estes dentes de leite são de extrema importância pois interferem no desenvolvimento de funções muito importantes do bebé como a fala e a mastigação, assim como servem de guia para a erupção dos dentes permanentes, bem como contribui para o desenvolvimento das arcadas dentárias, prevenindo más oclusões. A perda precoce destes dentinhos poderá causar uma alteração nos dentes definitivos, e para que não ocorra perdas de espaço nas arcadas dentarias pode ser recomendado a colocação de um mantenedor de espaço, de forma que os dentinhos definitivos possam erupcionar no lugar correto e com o espaço necessário. Entretanto se não for utilizada nenhuma medida no momento, as crianças poderão vir a necessitar de utilizar aparelho ortodôntico. De entre os fatores responsáveis conhecidos para a perda precoce destacamos as: Restaurações dentárias inadequadas; Anquilose dentária, isto é a fusão do cimento e/ou dentina com o osso alveolar; Traumatismos dentários, mais ao nível dos dentes anteriores; Reabsorção anormal; E principalmente devido à doença cárie. Com a criação de uma rotina correta de higiene oral e atenção na dieta dos pequenotes, poderemos evitar problemas dentários futuros e assim cuidar destes dentinhos de leite de forma a não prejudicar o desenvolvimento natural dos permanentes! Pode consultar os artigos disponíveis sobre receitas saudáveis para o seu filho no nosso blog. Se por um lado abordamos a importância dos dentes decíduos e o quão desvantajoso pode ser a sua perda precoce, vamos falar agora, de forma simples, quando estes dentinhos estão tempo a mais em boca. Provavelmente já terá ouvido algum conhecido a dizer que um dentinho do seu filho nasceu atrás de outro, e isto na verdade altera o normal desenvolvimento oral das crianças. Assim, se um dente definitivo erupcionar, enquanto o de leite ainda se encontra na cavidade oral, chamamos de retenção prolongada ao dente decíduo e que muitas vezes pode levar a alterações na boca dos pequenotes. Para explicar este fenómeno podemos apresentar diversos fatores que contribuem para essa condição: Ausência congénita dos dentes definitivos ou agenesias dentárias (poderá consultar na página da nossa clínica o artigo correspondente a agenesias dentárias); Posição anormal dos dentinhos; Erupção tardia dos dentes definitivos. E se um dentinho de leite dos nossos filhos não esfoliar / não cair, como devemos proceder? Ora em primeiro lugar deverá procurar um médico dentista ou um odontopediatra para que possa avaliar corretamente a situação clínica, pois embora por vezes temos de extrair o dente decíduo para dar espaço para que o dente definitivo erupcione no lugar correto, que nem sempre é necessário.   Referências Bibliográficas: Rezende, M., Rogério, & Mello. (2022). Perda Precoce de Dentes decíduos. Cadernos de Odontologia Do Unifeso, 4(2), 152–158. Ordem dos Médicos Dentistas. Mantedores de espaço. Porto; 2013 [citado a 13 de abril de 2024]. Disponível em: https://www.omd.pt/formacao/cursos/mantedores-de-espaco/ . Dias A.  Perda Precoce de primeiros molares definitivos em crianças .  [Internet] Instituto ; 2013; [citado 12 de junho 2024]. Disponível em:https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/13949/1/Dias%2C%20Andreia%20Salom%C3%A9%20Trinc%C3%A3o.pdf

pigmentação extrínseca

Pigmentação Extrínseca

Pigmentação Extrínseca Damos o nome de pigmentação extrínseca, à pigmentação que ocorre na superfície dos nossos dentes. O que pode causar? Defeitos no esmalte; Alterações na saliva; Falta de higiene oral; Existem muitos fatores que vamos abordando ao longo do artigo. A saliva desempenha um papel importante na remoção destes pigmentos e restos alimentares. Assim, quando ocorrem determinadas alterações, podendo destacar a variação no fluxo salivar, por exemplo, uma diminuição da produção de saliva pela obstrução ou infeção de glândulas salivares, doenças sistémicas, radioterapia da cabeça e pescoço e até mesmo pelo uso de certos medicamentos, existe uma maior probabilidade de causar alterações de coloração e por isso surgir pigmentação dentária. Embora com carência de mais estudos, na cavidade oral existem ainda algumas bactérias específicas capazes de provocar pigmentações dentárias. A influência destes microrganismos nas pigmentações é um assunto pouco estudado, resultando em manchas negras na superfície do esmalte possivelmente de uma interação existente entre o ferro presente na saliva e no fluido produzido por essas bactérias. Contudo sabe-se que estas bactérias na presença de determinados substratos como por exemplo o sangue, têm a capacidade de formar colónias pigmentadas. Além disso, estudos sugerem a possibilidade de alterações nas hormonas da tiroide poderem influenciar a coloração dos dentes, embora estas pigmentações já sejam consideradas intrínsecas ao próprio individuo. Como tratar a pigmentação? Na maior parte dos casos, as pigmentações cromogénicas (extrínsecas) são removidas através de uma higiene oral adequada. No entanto, no consultório dentário, podemos recorrer a instrumentos mecânicos como o jato de bicarbonato e tacas de polimento com pastas profiláticas para uma remoção profissional. Os cuidados preventivos também são igualmente eficazes e importantes de salientar, pelo que deve ter em conta: A escova deverá ser trocada; Não devem ser usados colutórios com clorohexidina por tempos continuados maiores que 15 dias, por provocarem coloração dentária nos espaços interproximais. Aconselhamento dietético reduzindo o consumo de alimentos e bebidas com alto teor de cromogénico, por exemplo, bebidas alcoólicas, refrigerantes e sumos de limão, abacaxi e acerola, são bebidas com grande potencial acídico e quando consumidos diariamente e progressivamente, a espessura do esmalte dentário vai diminuindo progressivamente, tornando os dentes mais suscetíveis à ação dos pigmentos presentes na alimentação. Outro tipo de alimentos

dentes a menos

Dentes a mais ou dentes a menos?

Dentes a mais ou dentes a menos? Dentes supranumerários Agenesia dentária Hoje vamos falar sobre agenesias dentárias e dentes supranumerários. Mas afinal o que se entende por estes conceitos? Estamos na presença de dentes supranumerários quando temos dentes a mais do que seria de esperar. Também podemos chamar a esta condição hiperodontia. Podem surgir na dentição de leite ou na dentição definitiva, no entanto na de leite, estes dentes costumam ser de um aspeto cónico, mas podem adquirir outras formas. Podem surgir em várias posições nas arcadas dentarias: de forma horizontal, inclinados ou invertidos…. Podem mesmo não surgir na arcada dentaria (não erupcionarem) e por isso estarem dentro do osso ou seguirem outros trajetos como a cavidade nasal por exemplo! Sabiam? Mas porque surgem? São mais frequentes em dentição permanente do que na dentição de leite; Se já existe na dentição temporária, a probabilidade de surgir na dentição permanente é 30%; A hereditariedade é um fator a ter em conta, uma vez que podem ser transmitidos como uma doença autossómica recessiva ou dominante; Por norma ocorrem mais frequentemente no sexo masculino que no feminino. Para um diagnostico precoce e uma rápida abordagem é necessário ter algumas medidas em conta: Contar os dentes; Se não se verificar nenhuma anomalia antes dos 12 anos, é pouco provável o seu surgimento. Por outro lado, o conceito de agenesia dentaria é precisamente o oposto. Agenesia dentária é a ausência de um ou mais dentes na dentição, e pode ser na dentição temporária como na definitiva, à semelhança dos dentes supranumerários. As agenesias são mais frequentes do que os dentes supranumerários; Podem estar associadas a síndromes genéticos e aparecer concomitantemente com dentes supranumerários; Quando há agenesia de um dente de um lado, normalmente o dente simétrico do outro lado costuma apresentar variações de forma, como por exemplo ser mais pequeno ( ver imagem); Os dentes que mais sofrem de agenesias dentarias na população são os terceiros molares e os incisivos laterais superiores. Assim desta forma e à semelhança dos dentes supranumerários, nas agenesias é fundamental observar, contar os dentes erupcionados e não erupcionados para chegarmos a um diagnóstico correto e estabelecermos um plano de tratamento precoce e previsível.Se acha que possui um dente supranumerário ou que sofre de alguma agenesia dentária, marque uma consulta com o seu médico dentista!

dente

O seu filho caiu e o dente saiu completamente

O seu filho caiu e o dente saiu completamente O que é a avulsão dentária? A avulsão dentária significa que ocorreu um deslocamento total de um dente do seu alvéolo. Por norma, verifica-se com mais frequência em crianças ou jovens, pelo que os dentes mais comummente afetados são os incisivos centrais superiores. E então o que devemos fazer? A primeira coisa que devemos fazer é procurar o dente, para termos a certeza de que o dente realmente saiu ou, se por outro lado, terá entrado na gengiva (intrusão). Se verificarmos que o dente saiu realmente, a coisa mais importante a fazer, de seguida, é perceber se o dente que saiu é um dente de leite ou decíduo ou um dente definitivo. E se for dente definitivo? Se for um dente definitivo, devemos reimplantá-lo imediatamente, ou seja, recolocar o dente em boca, no sítio. Para isso, devemos pegar no dente com cuidado sempre pela parte visível do dente, a coroa, e nunca tocar na raiz, que consiste na parte do dente que geralmente não vemos pois está dentro do osso e da gengiva. Se o dente tiver caído e estiver sujo, podemos lavá-lo, mas cuidado para não tocar na parte da raiz, segurando sempre na coroa. O mais importante será recolocar o dente na posição correta e posteriormente dar à criança um pano para que possa trincar para permitir a estabilização do dente na posição e ir o mais rapidamente possível ao médico dentista. Se por algum motivo não for possível recolocar o dente no local, devemos ir ao médico dentista ou ao odontopediatra o mais rápido possível. Devemos ter sempre em atenção que o dente não pode vir seco. O dente deve estar mergulhado em leite frio ou saliva, para que não desidrate, pois quanto mais rápido o fizermos, melhor o prognóstico de sucesso o dente terá! Nunca se esqueça que o prognóstico do reimplante depende das medidas tomadas no local do acidente! Nunca transportar o dente em água! Existem ainda outras soluções de transporte como é o caso das chamados meios fisiológicos, que normalmente são utilizados na recolha e transportes de órgãos para transplantes, no entanto por não serem de fácil acesso ao público, e o seu custo ser elevado, o seu uso fica inviabilizado nestes casos. O ideal é ser entre 30 min a 2h depois da vulsão. Devemos ponderar se devemos reimplantar ou não o dente, se estivermos perante estas situações: Existe doença sistémica relevante (como é o caso de pacientes imunodeprimidos ou no caso de atraso de desenvolvimento profundo); Existe compromisso na integridade do dente em questão ou das estruturas de suporte. No caso de se tratar de um dente de leite, não o devemos recolocar! O objetivo é proteger a dentição definitiva, logo o reimplante estác contraindicado, pois corremos o risco de afetar o dentes definitivo, que já está em formação. Nesse caso, devemos consultar o médico dentista para ele avaliar clínica e radiograficamente se está tudo bem com os dentes adjacentes e com os dentes definitivos que já estão em formação. Referências Bibliográficas: Fernandes, Ana. Caixeirinho, Patrícia. Figueiredo, Luísa. Ferrão, José. Protocolo Terapêutico validado pela Direção do Colégio da Especialidade de Estomatologia (DCEE). [Internet]. 4 de dezembro de 2019.  [citado 14 de maio de 2024]; disponível em : https://ordemdosmedicos.pt/wp-content/uploads/2017/09/Avuls%C3%A3o-Fluxog-2019-final.pdf

cancro oral

Cancro Oral

Cancro oral O cancro da cabeça e pescoço (HNC) é atualmente reconhecido como o 6º cancro mais incidente. Com mortalidade registada em cerca de 430 mil óbitos em todo o mundo, a sua incidência aumenta a cada ano que passa, e sabe-se que pode abranger diversas estruturas, com especial destaque para: Língua, Palato; Lábios; Pavimento da boca; Amígdalas; Glândulas salivares; Ouvido; Esófago; Faringe, laringe e a cavidade nasal. Ainda que se saiba que este grupo de doenças malignas têm efetivamente uma panóplia de fatores para a sua origem, podemos apontar-se fatores e não infeciosos. Acerca dos primeiros, podemos destacar a utilização do tabaco e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, tendo-se registados efeitos multiplicativos, aquando da sua associação. Outros estudos sugerem que possam ser associados outros tipos de fatores como a exposição solar extrema, bem como hábitos de higiene oral precários e défices vitamínicos, nomeadamente das vitaminas A, C e E. Quanto aos fatores etiológicos infeciosos, destacam-se os associados ao vírus do papiloma humano (HPV). Neste contexto, o Médico Dentista tem um papel crucial na intervenção do doente com HNC, precisamente por ser muitas vezes o profissional de saúde com o primeiro contacto com o doente, em contexto de consultório. No entanto, isso não invalida a possibilidade de o doente poder realizar, em casa, regularmente, um exame a si mesmo, como medida de prevenção! Pescoço Palpe a zona do pescoço e verifique se sente alguma saliência que não é normal sentir, de consistência dura. Lábios Coloque se à frente de um espelho e afastando com os dedos os lábios, visualize tanto a parte interna como a parte externa destes. Verifique se se apercebe da existência de alguma com alteração de cor, forma e consistência ou sensação de ardor, desconforto ou dor. Bochechas Afaste com o dedo a bochecha de ambos os lados e observe a parte interna. Gengiva Em frente ao espelho, e com o dedo, percorra toda a gengiva superior e inferior na tentativa de procura dos mesmos sinais e sintomas mencionados. Céu da boca Abra a boca o máximo que conseguir e diga “AHH”. Esteja atento a alterações no tom de voz, rouquidão anormal e episódios de dificuldade em engolir. Língua Coloque a língua de fora e observe tanto o dorso da língua como o ventre da língua. Mova a sua língua para a esquerda e para a direita e observe os bordos. Pavimento da boca A fim de percorrer o pavimento da boca coloque o seu dedo polegar debaixo do queixo e o indicador da mesma mão debaixo da língua. Atenção a lesões ulceradas, indolores, que persistem ao longo do tempo, frequentemente endurecidas, e/ou, com manchas avermelhadas ou amareladas que se vão agravando… Se suspeitar de algo fora do normal, contacte o seu médico dentista. Não se esqueça de fazer o autoexame regularmente, com as mãos limpas e com uma boa iluminação. Normalmente as lesões orais cicatrizam em 14 dias, de forma espontânea. No entanto, se não for o caso, deverão ser vistas por um médico dentista. Referências Bibliográficas: Ordem dos Médicos Dentistas. Cancro Oral. [internet];2023 [citado a 9 de maio de 2024]. Disponível em: https://www.omd.pt/publico/informacao-sobre-cancro-oral/cancro-oral/ Wanessa Pajeú. Autoexame Cancer da boca. [internet];2024 [citado a 8 de maio de 2024]. Disponível em: http://wanessapajeu.com.br/cancer-de-boca/autoexame-cancer-de-boca/ . Clínica Oncológica Lisiane Anzenello. Exames da cabeça e pescoço. [internet]; 2024 [citado a 9 de maio de 2024]. Disponível em: http://www.clinicaanzanello.com.br/especialidades/exames-de-cabeca-e-pescoco/

perda de dentes

O que leva à perda de dentes e que soluções existem?

O que leva à perda de dentes e que soluções existem? A palavra edentulismo refere-se à perda parcial ou total dos dentes permanentes. No edentulismo parcial, apenas alguns dentes estão ausentes nas acadas, permanecendo espaços desdentados. No edentulismo total, todos os dentes estão ausentes, na arcada mandíbular, maxila ou em ambas. Para melhor prevenir a perda dentária, é útil compreender o que a causa. O edentulismo nas faixas etárias mais velhas resulta do efeito cumulativo dos fatores causais ao longo dos anos, sendo a cárie e a doença periodontal dos fatores mais prevalentes. Periodontite:  É caracterizada pela destruição progressiva dos tecidos de suporte do dente. Considerada a 6ª doença mais prevalente mundialmente e principal causa de perda dentária, a periodontite apresenta repercussões na qualidade de vida como disfunção mastigatória, alterações na dieta, para além de que está provado a sua relação com outras doenças crónicas, como a diabetes. Uso e acesso aos serviços de saúde: A falta de acesso a cuidados dentários rotineiros e atrasos no tratamento necessário podem resultar em condições que levam ao edentulismo. Trauma: Lesões traumáticas, como quedas ou acidentes, podem originar danos irreversíveis na dentição, podendo ser necessário a extração dentária. Cáries. Qual o impacto na nossa saúde? Após a perda de um dente, e quando este não é substituído, com o passar do tempo, o osso infragengival vai começando lentamente a sofrer alterações, ocorrendo reabsorção óssea. Além disso, a posição dos dentes adjacentes ao espaço desdentado poderá sofrer alterações também, originando a migração e ocupação desses para o espaço edêntulo.  No caso do dente perdido ser um dente inferior, o dente oponente superior, isto é, o dente superior que contactava com o dente perdido, lentamente começará a migrar para baixo, por não encontrar um ponto de contacto dentário. Esta migração não é saudável e pode causar danos nos tecidos circundantes.Podemos destacar outras consequências do edentulismo parcial ou total: Diminuição da capacidade mastigatória; Alteração da fonética; Má posição dentária; Alterações na estética oral e facial, alterações no sorriso; Reabsorção óssea; Magreza; Problemas psicológicos e sociais como a diminuição da autoestima e vontade de socialização; É possível prevenir a perda total dos dentes? A prevenção do edentulismo é fundamental e envolve uma combinação de hábitos de vida saudáveis, consultas regulares com o seu médico dentista, e realização dos tratamentos necessários para cada caso. Siga as orientações do seu médico dentista para prevenir perdas dentárias. Que soluções dispomos? Próteses removíveis (parciais ou totais)  Na ausência de alguns dentes e, quando os remanescentes se encontraram saudáveis em boca, pode optar por colocar próteses removíeis parciais, ou totais, no caso de já não existirem dentes em boca. As próteses parciais removíveis podem ser de estrutura metálica ou acrílica, destinada a restabelecer as funções orais como a mastigação, fonética, providenciar harmonização da face assim como a estabilização e prevenção dos dentes remanescentes. Próteses fixas  Uma prótese dentária fixa, como o nome indica, é uma prótese que não pode ser removida pelo paciente no quotidiano, pois esta só poderá ser removida no consultório dentário. Neste grupo de próteses fixas, destacamos as coroas unitárias (em apenas um dente), as pontes (em dentes adjacentes, isto é, juntos) e as próteses fixas de arcada total. As coroas unitárias podem ser aplicadas sobre dentes ou implantes e com as pontes dentárias, acontece o mesmo. Referências Bibliográficas: https://revistaenfermagematual.com/index.php/revista/article/view/2045/2243 https://eapgoias.com.br/perda-dos-dentes-edentulismo/ https://www.omd.pt/content/uploads/2017/12/folheto-omd-proteses-removiveis.pdf https://www.omd.pt/content/uploads/2017/12/folheto-omd-proteses-fixas.pdf

sutura

Importância da sutura e o que deve fazer após uma extração dentária

Importância da sutura e o que deve fazer após extração dentária A cicatrização de feridas na cavidade oral apresenta algumas especificidades, devido ao ambiente único que apresenta. Assim a escolha dos materiais e técnicas adequadas a cada situação é de extrema importância, não só promovendo uma sutura eficiente, como também influenciará o sucesso da cicatrização. A sutura usada na cirurgia oral apresenta um comportamento diferente das suturas noutras partes do corpo. Afinal o que é a sutura e para que serve? A sutura consiste no último tempo operatório de um procedimento cirúrgico e a sua realização tem um papel importante na cicatrização. Como? Pois permite a aproximação e a fixação dos bordos da ferida operatória (ou seja, liga vasos sanguíneos e aproxima os tecidos); Ajuda a criar uma barreira que protege contra a contaminação bacteriana.  De que forma deve ser feita? A sutura ideal deve reger-se por certos princípios: Manuseio fácil e confortável para o paciente; Reação mínima ao tecido envolvido; Alta resistência à rotura; Segurança do nó; Que não corte ou rasgue o tecido; Os fios de suturas podem ser do tipo absorvível ou não absorvível. Quando são do tipo absorvível, os fios de sutura têm origem em polímeros sintéticos que são absorvidos. Por outro lado, os fios de suturas não reabsorvíveis, quando introduzidos num organismo vivo, não são reabsorvidos e por isso devem ser removidas 7 dias após a extração. Podemos apontar alguns cuidados a ter em conta  após a extração de um dente: Evite fumar; Tentar não bochechar ou cuspir no primeiro dia; Higienizar cuidadosamente o local (poderá eventualmente e sob indicação do seu médico dentista aplicar gel para regeneração das gengivas e da mucosa oral. A escovagem deverá continuar a ser diária); Aplicar gelo sob a face no dia da extração Optar por alimentos de consistência mole e fria nos primeiros dias. Seguir a prescrição medicamentosa, caso o medico dentista o indicar. Referências Bibliográficas: Lima I; Materiais e técnicas de sutura em medicina dentária. [Internet]. Instituto Universitário Egas Moniz; 2021 [citado a 22 de abril de 2024]. Disponível em: http://hdl.handle.net/10400.26/38477 Zogbi, L., Rigatti, G., & Fagundes Audino, D. (2021). Sutura Cirúrgica. In: Vittalle – Revista de Ciências Da Saúde, 33(1), 29-44. [citado a 21 de abril de 2024].  O que é sutura e qual a sua importância nos primeiros socorros. Academia Health.[Internet]. 2024 [citado a 21 de abril de 2024]. Disponível em: https://academiahealth.blog.br/o-que-e-sutura/

branqueamento dentário

Sobre Branqueamento dentário

Branqueamento dentário O branqueamento dentário teve início de maneira geral no final dos anos 80. Atualmente, o branqueamento dentário tornou-se numa prática médico dentária muito procurada por aqueles que procuram melhorar a aparência estética do seu sorriso. Existem diversas técnicas, cada uma com o seu próprio mecanismo de ação. Para que se tornem eficazes, é importante saber distinguir o tipo de escurecimento/descoloração dentária e a sua etiologia, entre outros fatores.   Pigmentação intrínseca: são inerentes a manchas internas profundas provocadas por defeitos no esmalte, a fatores genéticos, idade, antibióticos, manchas de fluorose, desordens no desenvolvimento, manchas brancas… Pigmentação extrínseca: ocorrem geralmente pela acumulação de substâncias cromatogénicas nas superfícies externas dos dentes, podendo ocorrer aquando de uma higiene oral deficitária, ingestão de bebidas gaseificadas ou com certos corantes, e alimentos cromatogénicos, bem como o consumo de tabaco. Estas colorações podem ser retiradas com procedimentos de profilaxia dentária como a aplicação de jato de bicarbonato, ao contrário das anteriores mencionadas. A maior parte dos dentes são passíveis de branqueamento. No entanto nem todos os tipos de pigmentação respondem da mesma forma ao branqueamento. Desta forma podemos distinguir 2 tipos de branqueamento dentários. A decisão de qual das técnicas de branqueamento optar depende claramente das condições particulares de cada paciente e das suas expectativas perante os resultados: O realizado em consultório (in office bleaching): Comummente utilizado uma luz LED. Esta luz é apenas fotoaceleradora dos produtos de branqueamento, tornando o processo mais rápido. Não é estritamente necessária. Branqueamento em casa (ambulatório ou home bleaching). Atualmente, os agentes clareadores mais utilizados são o peróxido de hidrogênio e o peróxido de carbamida no processo de branqueamento dentário. A tonalidade mais branca resulta capacidade de oxidação destes produtos sobre as moléculas dos pigmentos responsáveis pela descoloração dos dentes. Contraindicações ao branqueamento Em regra, na generalidade dos pacientes saudáveis e em bom estado de saúde oral, não existem contraindicações para a realização de um branqueamento dentário. No entanto existem algumas contraindicações à realização deste procedimento e por isso é que é tao importante encarar o branqueamento dentário como um ato médico, a ser realizado e supervisionado pelo seu médico dentista. Gravidez (pode ingerir o material); Idades inferiores a 18 anos; Várias recessões gengivais visíveis Paciente não colaborante ou com expectativas irreais Cáries não tratadas, lesões apicais, entre outras… Sensibilidade dentária durante o branqueamento De um modo geral os efeitos secundários, quer a nível dentário quer a nível das gengivas, estão relacionados com a concentração dos produtos, a forma como são aplicados e as condições específicas de cada paciente. Os branqueamentos dentários promovem com frequência a hipersensibilidade dentinária como efeito adverso. Alguns artigos reportam que há maior probabilidade da hipersensibilidade dentinária afetar os dentes mais pequenos, tais como, incisivos laterais maxilares e mandibulares. Esta tende a ser mais percepcionada durante o período do tratamento e pode durar até vários dias. Estão relacionados geralmente com a concentração dos produtos, a forma como são aplicados e as condições específicas de cada paciente. Atualmente existem vários tratamentos disponíveis para o tratamento da sensibilidade dentinária, tanto a realizar antes como durante o branqueamento. O branqueamento dentário quando é feito de forma correta é efetivo e seguro. Pode ser repetido a cada ano e meio / dois anos; É um tratamento previsível e com índice de sucesso elevado Deverá evitar durante o tratamento fumar, beber café ou chás (como o chá preto), comer chocolates ou comidas com muitos molhos… Resina ICON A resina ICON é um infiltrante resinoso recente, comercializado a partir de 2009, e de baixa viscosidade. Esta nova tecnologia parece ser bastante vantajosa na abordagem às lesões de cárie iniciais (lesões de mancha branca) bem como utilizada de modo coadjuvante com outras técnicas como o branqueamento dentário ou microabrasão, para camuflar manchas. Esta resina preenche os espaços entre os cristais de esmalte, melhorando consideravelmente a estética e impedindo a progressão da cárie dentária bem como no tratamento de manchas de fluorose (anomalia no desenvolvimento do esmalte causada por um excesso de flúor que pode alterar tanto a cor como a estrutura do esmalte). É bem tolerada e indolor, fazendo com que o esmalte perca consideravelmente a aparência esbranquiçada, no entanto são precisos mais estudos a longo prazo pois ainda tem pouca evidência científica na resolução das manchas de fluorose.   Referências Bibliográficas: Faceali Branqueamento dentário. Porto. 2023. [citado a 15 de abril de 2024]. Disponível em:  https://www.facealis.pt/branqueam1 Ordem dos Médicos Dentistas. Branqueamento dentário. Porto; 2013 [citado a 15 de abril de 2024]. Disponível em: https://www.omd.pt/content/uploads/2017/12/folheto-omd-branqueamento-dentario.pdf Dias, D. (2021). Uso de infiltrante resinoso (ICON) para tratamento de lesões de mancha branca. Pubsaúde, 7, 1–9. Disponivel em : https://doi.org/10.31533/pubsaude7.a234 . Bastos F. Tratamento de lesões de fluorose com aplicação da técnica ICON® – revisão narrativa. [Internet] Universidade Fernando Pesosa; 2020; [citado 15 de abril 2024]. Disponível em: http://hdl.handle.net/10284/9594 Silva C. Branqueamentos dentários: possíveis efeitos secundários e efeitos sobre o esmalte. [Internet] Universidade do Porto; 2016; [citado 15 de abril 2024]. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/85780/2/150982.pdf.

frenectomia

Frenectomia em Odontopediatria

Frenectomia em Odontopediatria A palavra Frenectomia significa a excisão cirúrgica do freio labial superior ou inferior. Primeiro vamos falar de alguns freios que temos na cavidade oral e que comummente são mais sujeitos a frenectomias. freio labial maxilar; freio lingual. Freio Labio Maxilar Esta estrutura anatómica, localiza-se na linha média e limita parte do movimento dos lábios impedindo movimentos exagerados dos mesmos. O freio labial superior é uma estrutura dinâmica que, ao longo das fases de   desenvolvimento e do crescimento, está sujeita a alterações de forma, tamanho e posição. Dependendo desta união, pode tornar-se um fator limitativo da mobilidade e função do lábio superior. Podemos destacar alguns sinais clínicos freio atípico: Limitações de mobilidade; Dificuldade na amamentação; Dificuldade na fonética; Incapacidade de humedecer os lábios; Dificuldade na higiene dentárias; Traumas durante a higiene oral; Diastemas; Recessões gengivais (ocorre, na verdade, mais nos incisivos centrais inferiores; se for observável, é indicativo que o freio labial inferior pode estar alterado).  Dificuldade na amamentação Por exemplo, quando o freio labial maxilar se apresenta curto pode impossibilitar um selamento mamário efetivo porque o lábio não consegue virar para fora. Por norma, num correto selamento mamário, o leite é expelido a partir de contrações formadas pelo conjunto entre os lábios e bochechas. Quando apenas engloba o mamilo e não a auréola poderá existir uma amamentação não eficaz, em termos de quantidade de leite extraída, cansativa para o bebé e, muitas vezes, dolorosa para a mãe. Momento de intervenção dos freios orais Depois de estabelecido o diagnóstico e o impacto da alteração no desenvolvimento, é importante definir quando e como o tratamento dos freios orais deve ser realizado. Frenectomia labial superior Uma grande parte dos estudos relativamente ao timing ideal para a realização desta cirurgia, indica que esta não deve ser realizada antes da erupção incisivos laterais e caninos permanentes maxilares. A partir dos 8-10 anos, quando ocorre o processo de migração intraósseo dos caninos permanentes maxilares, estes pressionam os incisivos, podendo ocorrer o encerramento do espaço. A frenectomia também está indicada após a erupção dos incisivos centrais maxilares permanentes, no caso de não existir espaço para a erupção dos incisivos laterais, quando estamos perante um freio hipertrófico e diastema (espaçamento) existente entre os incisivos centrais superiores. Em casos urgentes de claro comprometimento da alimentação na fase de amamentação por exemplo, deve ser realizado nessa altura. Frenectomia do frio lingual A anquiloglossia é uma anomalia congénita do desenvolvimento, na qual o freio lingual é demasiado curto e espesso ou está muito próximo da extremidade da língua, dando a sensação de que a língua se encontra presa. Costuma ser hereditária e por norma pode aparecer de forma isolada ou associada a um síndrome. Esta anomalia pode ser observada em recém-nascidos, crianças, adolescentes e até adultos. Uma das consequências desta anomalia prende-se ainda pela alteração do crescimento evolutivo normal da mandíbula e outras acima mencionadas.  Para seguir com este procedimento cirúrgico, o paciente terá primeiramente de ser avaliado por uma equipa multidisciplinar, que inclui: Odontopediatra; Pediatra que acompanha a criança desde o nascimento; Um terapeuta da fala, idealmente com diferenciação em terapia miofuncional; Otorrinolaringologista, permitindo assim determinar o correto diagnóstico Sugere-se que se deve realizar a frenectomia precocemente, quando esta restringe a amamentação, em crianças se estiver a afetar a respiração, fala e o desenvolvimento da face, ou em idade adulta se existir comprometimento da fala, ou noutros contextos.   Referências Bibliográficas: Xavier, I., Cortesão, F., Alves, R., & Mendes, J. J. Retalho de reposição apical no tratamento de erupção passiva alterada – Caso Clínico. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentaria e Cirurgia Maxilofacial [Internet]. (2008) [citado 14 de dezembro de 2023]; 59(2), 119–124. Disponível em:  https://doi.org/10.24873/j.rpemd.2018.09.226 .

bruxismo

Bruxismo – o que há de novo?

Bruxismo – O que há de novo? Atualmente podemos distinguir 2 tipos de bruxismo: bruxismo de vigília (que ocorre durante o dia) e o noturno (que ocorre durante a noite). Ao contrário do que muita gente pensa, não é necessário que haja contatos dentários para ocorrer bruxismo, pois segurar firmemente a mandíbula ou apertar (fenómeno de clunching), sem que haja contato dentário, é também uma forma de bruxismo. Existem várias causas para esta condição, sendo que os fatores psicoemocionais são o fator principal para a criação, isto é, a ansiedade, o stress, a qualidade de sono, distúrbios de sono ou seja microdespertares, mas também outros fatores podem estar na origem tais como tabaco, álcool e certos fármacos como alguns antidepressivos. A componente genética também poderá estar presente na origem. O bruxismo pode trazer múltiplas consequências para os seus portadores, podendo destacar alguns sinais: Língua dentada; Desgastes dentários e fraturas; Dor orofacial; Agravamento da doença periodontal, se esta existir; Cefaleias, entre outros. Outro pensamento errado que durante muitos anos foi fundamentado pela ciência, mas que agora está ultrapassado, é a definição do bruxismo. Antigamente definia-se como uma desordem, atualmente, o mesmo conceito já não se aplica: o bruxismo pode ser patológico sim, mas outras vezes também pode ser protetor em relação a outras patologias de base.  Vamos ver como: Bruxismo e Apneia do Sono Num período de 8 horas de sono, é normal haver cerca de 10min em que o paciente está mais movimentado, há movimentos oculares, mexe as pernas e tem bruxismo etc. Mais do que isso não é normal. Na apneia obstrutiva do sono, o paciente por norma acorda muitas vezes cansado, ressona durante a noite e geralmente acorda repetidas vezes a meio da noite, muitas vezes para urinar. Isto acontece, pois durante o sono ocorrem breves, mas frequentes bloqueios das vias respiratórias superiores, que provocam interrupções da respiração totais ou parciais. Ou seja, ocorre um relaxamento excessivo dos músculos da via aérea superior resultando no bloqueio da normal respiração. E o que é que o bruxismo tem a ver com a Apneia Obstrutiva do Sono? Em casos de apneias severas, o bruxismo atua como fator de proteção, ou seja, os pacientes rangem os dentes para aumentarem o diâmetro da via aérea, e dessa forma diminuir os bloqueios gerados. Estudos verificam maior incidência em indivíduos do sexo masculino, com elevado IMC, diabetes… Nestes casos, o paciente poderá usar goteira de relaxamento? Não há problema porque a goteira pode ajudar a minimizar os efeitos nefastos do bruxismo secundário à apneia. Além disso, existem outros dispositivos que podem ser colocados pelo seu médico dentista com o objetivo de minimizar a obstrução da via aérea superior. Refluxo gastroesofágico e bruxismo O refluxo gastroesofágico consiste no retorno do conteúdo do estômago para o esófago. Isso acontece quando o ácido no estômago é excessivo ou quando o esfíncter esofágico inferior (músculo que fecha a passagem para o estômago) na fecha devidamente. A acumulação dos ácidos entre a goteira de relaxamento oclusal e o dente irá agravar muito mais rapidamente a sua erosão ácida. Dessa forma não está aconselhada a utilização de goteiras em pacientes com bruxismo e refluxo gastroesofágico! Estas situações do bruxismo e do refluxo gastroesofágico poderão aumentar o número de microdespertares e piorar a qualidade do sono do paciente… Fármacos que atenuam e fármacos que potenciam o bruxismo Atualmente sabemos que alguns dos Antidepressivos inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) são escolhas terapêuticas para o tratamento de depressão, transtornos obsessivo compulsivos e ansiedade. Assim como nos pacientes que usam antidepressivos, o uso crónico de ISRS tem o bruxismo como um efeito colateral. Podemos destacar alguns fármacos como a sertralina e a fluoxetina. Não há limite de idade mínima ou máxima para que ocorra o bruxismo induzido por antidepressivos, o começo dos sintomas ocorre por norma cerca de 3 a 4 semanas após o início da toma do medicamento. Por outro lado, fármacos como o clonazepan e a amitriptilina atenuam o bruxismo, ainda que, com uma toma superior a 3 semanas, a probabilidade de dependência é elevada. Referências Bibliográficas: Silva D. Bruxismo induzido por fármacos: revisão narrativa. [Internet]. [Porto]: Universidade Fernando Pessoa; 2022 [citado a 28 de março de 2024]. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/11754/1/PPG_42099.pdf Refluxo gastroesofágico: O que é e como tratar. [internet]. Lisboa;2023 [citado a 28 de março de 2023]. Disponível em: https://www.cuf.pt/mais-saude/refluxo-gastroesofagico-o-que-e-e-como-tratar

tabaco

Tabaco

Tabaco O consumo do tabaco é atualmente a segunda maior causa de morte no mundo. Atualmente é responsável pela morte de cerca de um em cada dez adultos e mata estatisticamente metade dos consumidores de longa data, metade dos quais entre os 35 e os 69 anos, perdendo assim uma média de 20 a 25 anos de vida… Atualmente os dados apontam que se tem verificado o aumento da prevalência de consumo de tabaco na Europa no sexo feminino e diminuído a prevalência no sexo masculino. No entanto, em Portugal os valores apontam para um maior consumo de tabaco no sexo masculino do que no sexo feminino. Sabia que a cada 6,5 segundos algures no mundo, morre um fumador devido a uma doença relacionada com o tabaco? Constituintes do tabaco: Efeitos tóxicos e irritantes: nicotina, monóxido de carbono, acetona, metano, formaldeído, … Substâncias cangerígenas: metais pesados, substâncias radioativas… Substâncias com efeito aditivo da nicotina: mental, cacau, baunilha… O charuto e o cachimbo contêm os mesmos compostos tóxicos e carcinogéneos que o tabaco. Todos os produtos do tabaco são nocivos para a saúde, não havendo um limiar seguro de exposição. Muitas pessoas possuem a ideia pré-concebida de que o cigarro eletrónico “não faz mal “, no entanto a Agência Internacional de Pesquisa do Cancro observou que existem provas suficientes para ser fator de risco para cancro oral e do pâncreas. Repercussões do tabaco na saúde oral As consequências orais do consumo tabágico vão desde a simples halitose e pigmentação, até doenças mais graves como o cancro oral. Atualmente sabemos que o consumo de tabaco afeta praticamente todos os órgãos do corpo, podendo destacar: Cataratas; Pneumonia; Cancro do estômago; Cancro do pâncreas; Cancro renal e periodontite; Candidíase oral; Cancros do pulmão, do esófago, da laringe, da boca e da garganta (mais conhecidas); Doenças pulmonares e cardiovasculares crónicas, entre outras. Relação da Periodontite com o Tabaco Existe uma relação evidente entre o consumo de tabaco e a prevalência das doenças periodontais, isto é a presença do tabaco não só pode ser um dos fatores causais como agravar a perda de osso periodontal, a formação de bolsas periodontais, etc …Numerosos estudos também apontam para os efeitos adversos do tabaco no sucesso da terapia periodontal: os pacientes que fumam revelam menor sucesso na terapia do que os não fumadores. Deixando de fumar, os pacientes respondem ao tratamento de forma similar aos pacientes que nunca fumaram. O consumo tabágico é um, se não o mais importante e prevalente, fator de risco evitável na incidência das doenças periodontais. Sabia que fumar aumenta o risco de doença periodontal entre 2 e 7%? Sabia que um paciente fumador que realiza uma extração de um dente possui uma cicatrização mais lenta e deficiente do que um não fumador? Cessação tabágica O seu médico dentista poderá aconselhá-lo sobre cessação tabágica (como deixar de fumar), e se necessário prescrever: Terapia de substituição nicotínica; Terapia farmacológica. Benefícios da cessação tabágica: Económicos; Sensoriais; Estéticos; Melhoria da autoestima; Os benefícios são tanto maiores quanto mais cedo deixar de fumar! Referências Bibliográficas: Peterson P, et al. Tabaco ou Saúde Oral. Guia para profissionais de saúde oral.

selantes dentários

Selantes dentários

Selantes Dentários Sabia que a cárie está presente em cerca de 95% da população em todo o mundo? É um grave problema, estando presente maioritariamente em crianças e jovens. Atualmente sabemos que a cárie dentária é considerada uma doença etiológica com origem em múltiplos fatores, sendo a de maior prevalência entre as doenças da cavidade oral, estando presente em cerca de 95% da população em todo o mundo. É um grave problema, estando presente maioritariamente em crianças e jovens. Algumas das superfícies dos nossos dentes tem mais suscetibilidade em ter cáries dentárias, pela sua anatomia, pois são consideradas regiões mais retentivas à fixação e acumulação da placa bacteriana e por isso mais suscetíveis à doença.  Normalmente essas regiões são fossas e fissuras de molares permanentes e pré-molares. O longo tempo de erupção dos dentes permanentes posteriores, a idade da erupção destes (infância até à adolescência) e a aliado à dificuldade de higienização nessa região, resulta na remoção inadequada da placa bacteriana, aumentando a suscetibilidade a lesão de cárie. A aplicação de selantes de fissuras é desta forma uma medida bastante eficaz na prevenção da cárie dentária, na medida em que a barreira criada pela aplicação do selante de fissuras constituiu um obstáculo à fixação das bactérias nessas regiões, uma vez que a anatomia do dente é aplanada. A decisão de escolha de colocação de selantes deve ser sustentada na avaliação do risco para a cárie dentária que o paciente apresenta, no entanto, por ser uma medida preventiva, não existe contraindicações para a realização de selantes de fissuras. O que é um selante de fissuras? Os selantes de fissuras são feitos de um material resinoso, possuindo diferentes tonalidades: transparente, opaca ou cromatizada, sendo as duas últimas mais utilizadas diariamente, por ser mais fácil a sua visualização durante o nosso tratamento. Os selantes de fissuras, podem ou não conter libertação lenta de flúor, poder antimicrobiano e atividade anti-cárie. São geralmente brancos ou transparentes e não são visíveis durante atividades como a conversação. Como é que o selante é aplicado? Não tem de se preocupar, pois, a colocação de selantes de fissura é: Indolor; Não requere anestesia; É uma técnica não invasiva, rápida, e que pode ser reaplicado, caso seja necessário. O ideal será marcar uma consulta no seu médico dentista, e realizar uma avaliação para que o profissional o possa ajudar a decidir acerca da melhor altura para realizar o tratamento.     Referências Bibliográficas: Bervian A, Dimetrio A, Selantes em odontopediatria:prevenção de saúde bucal. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research-BJSCR. [Internet]. 2006. [citado 14 de março de 2024]. 7(2), 36-41. Disponível em: http://www.mastereditora.com.br/bjscr. Selantes. Colgate Palmolive Company. [internet] ; 2024 [citado a 13 de março de 2024]. Disponível em: https://www.colgate.com.br/oral-health/sealants/sealant-for-teeth-what-you-need-to-know-0213.

gravidez

Gravidez e Saúde Periodontal

Gravidez e Saúde Periodontal Um exemplo de uma pasta que poderão experimentar (Curaprox Enzycal 1450 ppm Flúor). Pode encontrar esta pasta de dentes na nossa loja parceira Quando falamos de gravidez e bem-estar, é impossível não falarmos também de saúde oral. Longe dos mitos do passado, hoje sabemos que uma boca saudável é muito importante para uma gravidez tranquila. Ainda hoje é muito frequente as pacientes gestantes evitarem consultas no dentista… A procura de consultas de medicina dentária durante a gravidez pode estar condicionada por vezes por fatores como: Inseguranças quanto à indicação dessa prática (RX, hemorragia…): Baixa percepção das necessidades (desinteresses, comodismo, conformismo); Fatores psicológicos (medo, emotividade); Fatores socio económicos; Condicionamentos locais. No entanto, a gravidez é um período muito importante para a prevenção, tratamento e aconselhamento médico dentário, pois geralmente as pacientes gestantes estão bastante receptivas para adoção de novas e melhores práticas de saúde oral e conhecimentos. Qual é o momento oportuno? De um modo geral, considera-se que a melhor altura para intervir é o 2º trimestre de gestação, mais especificamente entre as 14 e as 20 semanas. É possível a realização de tratamentos dentários urgentes em qualquer fase da gestação, porque o stress gerado pela dor e o risco de disseminação de uma infeção não tratada, podem trazer muitos mais prejuízos para a mãe e para o bebé em comparação com o não tratamento. Por isso, o ideal seria diagnosticar e tratar doenças periodontais antes de engravidar. No entanto, o tratamento é seguro durante a gravidez. Quais as alterações observadas durante a gravidez? A gestante sofre um aumento dos níveis hormonais, que resulta num aumento da vascularização e da permeabilidade dos capilares sanguíneos (mais sujeita ao sangramento) Alterações imunitárias e microbiológicas; Diminuição do PH salivar. Todas estas alterações, aliadas às alterações alimentares (consumo de alimentos com maior teor cariogénico) e aos hábitos de higiene oral (o sabor das pastas dentífricas muitas vezes incomodativo, devido aos enjoos na gravidez, bem como o reflexo de vómito apresentado ao higienizar as regiões mais posteriores, dificulta a frequência da escovagem), leva a uma resposta inflamatória exagerada das gengivas. Isto não significa que, apesar destas alterações existentes, a gravidez irá estragar os seus dentes! É um mito bastante enraizado na população! Truques para uma escovagem dentária sem enjoos: Não passar a escova por água antes da escovagem. A água intensifica o sabor presente nas pastas dentífricas; Não tenha pressa. Se estiver a sentir dificuldade na escovagem não necessita de o fazer no momentos. Aproveite alturas em que se sinta melhor para fazer a sua higiene oral. Incline ligeiramente a cabeça. Curvando a cabeça ligeiramente para baixo, poderá diminuir as náuseas sentidas, devido à acumulação de saliva na zona da garganta. Se o motivo da sensação de mal-estar ao lavar os dentes for o sabor ou o cheiro da sua pasta dentífrica, dentro das recomendações do seu médico dentista, procura soluções idênticas, mas que sejam mais do seu agrado. Em último recursos, a escovagem, sem nenhuma pasta por intolerância da grávida, é melhor do que a não escovagem total; É aconselhável a utilização de uma solução neutralizadora para bochechos após vómitos. Não faça a escovagem logo d imediato, espere cerca de 30 minutos. A gravidez não causa doença periodontal, mas esta, se existir pode piorar na gravidez! Sabia que cerca de 15% das grávidas apresenta periodontite? Sabia que grávidas com diabetes gestacional, ou diabetes já pré-existente, está associada a um risco aumentado de doença periodontal? Granuloma Piogénico ou Granuloma gravídico Mais comum entre os 20 e os 40 anos; Mais frequente no 2º trimestre; Normalmente regride até ao parto, se houver boa higiene oral. Em caso de não regressão, presença de sintomatologia (sangramento, ulceração e interferência com a mastigação) a excisão cirúrgica é o tratamento ideal; Importante lembrar: Uma grávida com má saúde gengival pode apresentar um risco maior de sofrer de: Pré-eclâmpsia: Dar à luz prematuramente (antes das 37 semanas); Dar à luz uma criança com baixo peso (2500 gramas). O que posso fazer? Como em todos os casos, também durante gravidez é essencial adotar bons hábitos de higiene oral e consultar regularmente o seu médico dentista (aproximadamente 1 consulta por cada trimestre). Não se esqueça de ter consigo o boletim de grávida (livrinho ver) no dia da consulta! Referências Bibliográficas: Pisco R. Doença Periodontal como fator de risco na gravidez: Partos prematuros e recém-nascidos de baixo peso à nascença. [Internet]. Universidade de Lisboa.  2012 [citado 8 de março de 2024]. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/26676/1/ulfmd07039_tm_Rita_Pisco.pdf . Balbino R. Doença periodontal na gravidez. [Internet]. Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz. 2015 [citado 8 de janeiro de 2024]. Disponível em: https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11805/1/Balbino%2c%20Raquel%20Rodrigues.pdf Saúde Oral e Gravidez. Ordem dos Médicos Dentistas. [internet]. Porto; 2024 [citado a 7 de março de 2024]. Disponível em: https://www.omd.pt/publico/doencas-periodontais/saude-oral-gravidez/ . Guia de Saúde Oral Gravidez. OralMed Medicina Dentária. [internet]; 2019 [citado a 7 de março de 2024]. Disponível em: https://www.oralmed.pt/sites/default/files/2019-03/21.03.2019%20-%20Gravidez.pdf . Boletim de Saúde da Grávida. Casa da Moeda. [internet]; 2024 [citado a 8 de março de 2024]. Disponível em:  https://loja.incm.pt/products/impressos-boletim-de-saude-de-gravida-1026081

língua pilosa

Língua pilosa

Língua pilosa O tecido da superfície da língua encontra-se revestido por pequenas projeções de tecido chamadas papilas filiformes, que medem cerca de 1 milímetro de comprimento. Em circunstâncias normais, essas papilas numa língua saudável são de cor rosada, e estão continuamente a regenerar-se. Quando essas projeções de tecido acumulam bactérias e outras substâncias, e não se regeneram à taxa normal, podem causar alterações na coloração da língua. Como se caracteriza a língua pisola?  A língua pilosa preta ou nigra caracteriza-se pelo alongamento e pela pigmentação dessas papilas, conferindo-lhes uma aparência semelhante a pelos, daí o termo piloso. É considerada uma doença benigna rara cujo diagnóstico é exclusivamente clínico, não havendo a necessidade de outros exames complementares de diagnóstico.   Maioritariamente afeta a região central da língua. Pode estar associada a uma infeção fúngica, nomeadamente a candidíase, provocada por um fungo, Candida albicans, e nesse caso apresentar sintomas como sensação de ardor na língua, alteração na percepção do paladar e halitose. Por norma quando aparece de forma isolada é pouco frequente o aparecimento de sintomas.   Apesar do que o nome poderá induzir, as vilosidades podem adquirir outras tonalidades. Quais as causas mais prováveis para a sua génese? Existem múltiplos fatores que predispõem à sua ocorrência, podendo destacar: Má higiene bucal; Consumo de tabaco ou álcool; Consumo de café em excesso; Imunossupressão (infecção por HIV, pós-radioterapia ou infecção fúngicas) Uso de antibióticos (tetraciclinas, amoxicilina), medicação psicotrópica (antidepressivos, etc), inibidores da bomba de protões, ferro ou anti-sépticos orais… Nota: Em casos de respiradores orais, ou casos de síndromas com projeção anterior da língua, o não uso da mesma em toda a sua extensão pode ter consequências: não só pelo padrão mastigatório, mas também não permitem que haja um contacto tão eficiente com o céu da boca. Este não uso da zona central acaba por não descamar/esfoliar a língua, apresentando estes pacientes a zona central da língua com uma tonalidade esbranquiçada e com aspeto mais “peludo”. Qual o protocolo de tratamento? Normalmente aconselhamos sempre que tenha uma boa higiene oral, escovar os dentes 3x por dia, utilizando sempre o raspador de língua ou a escova, reduzir o consumo do café e cessação tabágica.   O objetivo do raspador é causar a descamação mecânica e por isso a escovagem diária da língua é muito importante e faz parte de uma boa higiene oral. As bactérias que se alojam na cavidade oral, também se irão alojar na língua e não só nos espaços entre os dentes. Quando a língua pilosa está associada a uma infeção fúngica, dever-se-á aplicar concomitantemente um antifúngico tópico, 2 a 3x por dia, ou em forma de bochechos diários (4x por dia) e também se aconselha ao uso de um retinóide que irá promover a descamação química. Por último, na falha deste tratamento não invasivo poderá realizar-se a abrasão da mucosa lingual com recurso do laser ou mesmo através de cirurgia. Por norma esta patologia apresenta um bom prognóstico resolucionando-se entre quatro dias e duas a quatro semanas. Referências Bibliográficas: Martins J. Língua pilosa preta: um relato de caso. (2020). Revista Portuguesa de Clínica Geral. [Internet]. Setembro de 2020.  [citado 29 de fevereiro de 2024]; 36(6), 516–519. Disponível em: https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i6.12719 Sousa F, Neto P. Língua villosa nigra. (2018). Galicia Clin. [Internet]. Outubro de 2017 [citado 29 de fevereiro de 2024]; 79 (2). Disponível em: https://galiciaclinica.info/PDF/48/1538.pdf

aparelho ortodôntico

Saiba o que deve evitar comer quando usa aparelho ortodôntico

Saiba o que deve evitar comer quando usa aparelho ortodôntico Pode encontar esta escova na nossa loja parceira A cárie dentária é muitas vezes uma doença que observamos comumente em pacientes a usar aparelho ortodôntico e por isso, apesar deste tratamento proporcionar melhorias estéticas e funcionais, é muitas vezes uma preocupação. Tal motivo deve-se ao facto de o aparelho ortodôntico favorecer muitas vezes a acumulação de placa bacteriana. e os arcos e os brackets, dificultarem a higienização adequada das superfícies dentárias. Vários fatores que contribuem para a formação de cáries dentárias: Placa bacteriana; Hidratos de carbono fermentáveis; Suscetibilidade do paciente; Fluxo salivar e composição da saliva; Entre outros… Assim, conforme vimos anteriormente, para além da dieta ingerida ser um fator determinantes para o aparecimento de cárie, há muitas comidas que devemos evitar aquando da utilização deste, precisamente por poderem danificar o aparelho e atrasar a correção ortodôntica. Vamos então distinguir entre o que não deveríamos mesmo comer e o que podemos evitar: “PROIBIDO” Flocos de cereais secos (podem consumir-se amolecidos); Fruta e cenoura crua “à trinca”, dever-se-á cortar as peças de fruta em pedaços pequenos; Fruta com caroços (ameixas, cerejas, etc) devem ser retirados antes de consumir; Frutos secos inteiros (amêndoas, caju, castanhas…); Roer ossos e cartilagens: costeletas, frango, etc; Alimentos muito pegajosos como caramelos, “sugus”, rebuçados, torrões, amêndoas da páscoa e pastilhas elásticas com açúcar… “EVITAR” Bebidas com açúcar e refrigerantes em geral; Sumos de fruta ácida; Alimentos doces e bolachas, principalmente entre as refeições. E para quem usa brackets estéticos e/ou elásticos transparentes? Idealmente deverá evitar alimentos com pigmentos muito fortes: Chupa pinta-línguas; Gelados estilo “calipo”; Beterraba; Sumos de cenoura; Açafrão e caril. As nossas sugestões: Para pacientes portadores de aparelho ortodôntico: Escova dentária Curaprox Orto Ultra Soft: Curaprox Escova dentária Orto Ultra Soft – (os filamentos são mais curtos no meio para que se possam envolver na perfeição no aparelho e nos arcos, limpando assim de forma mais eficaz). Referências Bibliográficas: Saldanha T. Abordagem terapêutica das lesões de white spots associadas ao tratamento ortodôntico. [Internet]. Instituto Universitário Egas moniz; 2020 [citafo 26 de fevereiro de 2024]. Disponível em http://hdl.handle.net/10400.26/33979 Proffit WR, Fields HW, Sarver DM, Ackerman JL. [tradução de Sueli Toledo Basile,et al.] Ortodontia Contemporânea. 5a ed. Rio de Janeiro: Mosby Elsivier; 2012.

escovas dentárias

Escovas dentárias

Escovas Dentárias Pode encontrar estas escova dentária na nossa loja parceira Pode encontrar esta escova dentária na nossa loja parceira As escovas dentárias são a ferramenta ideal para a remoção da placa bacteriana. Atualmente assiste-se à comercialização de vários tipos de escovas. Mas afinal, qual é a melhor escova? A verdade é que ainda não existe de facto uma escova perfeita, que reúna todas as características ideais para uma perfeita remoção da placa bacteriana. Será sempre necessário complementar com fio dentário, por exemplo. Saiba mais aqui: Importância da higiene interdentária – Medivila.pt Esta deve reunir pelo menos estas condições: Idealmente as cerdas das escovas devem ser macias, pois pela sua flexibilidade, atingem mais profundamente todas as superfícies e regiões à volta dos dentes e são as cerdas menos prováveis de lesionarem os dentes ou as gengivas. Cabeça da escova deve ser pequena, com 3 ou 4 fileiras de tufos; Importante relembrar: Deve ser adequada à idade (há escovas próprias para cada idade); Deve guardar a sua escova num local seco e arejado; A escova dentária é sua e apenas sua, pelo que não a deve partilhar com ninguém. Por vezes, ao realizar demasiada pressão na escovagem (técnica de escovagem incorreta), bem como uma frequência inadequada, má escolha da escova dentária (cerdas demasiado duras) e uso de pastas dentífricas demasiado abrasivas, podem ocorrer efeitos adversos tanto nos dentes como nas gengivas: Ulcerações; Lesões de abrasão Lesões não cariosas – Medivila.pt Hipersensibilidade, entre outras. Nesse sentido surge o tema das escovas elétricas. Embora possam ser usadas por qualquer pessoa, são especialmente recomendadas para: Pacientes pouco motivados com as escovas manuais; Pacientes com aparelhos ortodônticos; Pacientes que escovem com demasiada força com escovas manuais; Pacientes com destreza manual diminuída (necessitem de uma pega mais volumosa) Existem vários mecanismos de ação das cerdas; A fonte de alimentação pode ser a pilhas ou energia elétrica. Escovas elétricas vs escovas manuais Vantagens: Contudo, inúmeros estudos revelam que não existe uma superioridade clinicamente significativa entre estes dois tipos de escovas… Após o chamado tempo de novidade (cerca de 5 a 6 meses), a utilização das escovas elétricas por parte dos pacientes por vezes cai em desuso. Se escolher uma escova elétrica, opte por uma cuja fonte de alimentação seja a energia elétrica e não a pilhas, pois uma escova a pilhas pode perder a eficiência sem o paciente se aperceber. A nossa sugestão: Para crianças: https://daboca.pt/product/escova-dentaria-curaprox-kids/ Para adultos que costumam usar uma escova média/dura sugerimos uma suave: https://daboca.pt/product/escova-dentaria-soft/ Para adultos que já estão habituados à suave sugerimos uma ultra suave link loja online: https://daboca.pt/product/escova-de-dentes-ultra-soft/ Escova elétrica Curaprox sónica: https://daboca.pt/product/curaprox-escova-sonica-hydrosonic-easy/   Referências Bibliográficas: Carranza FA. Periodontia clínica. Guanabara Koogan Klaus H, Edith M.R. Atlas de periodoncia. ed cientificas e tecnicas. 1993 . J.J.Echeverría Garcia et al. Manual de periodontia. Revisfarma – ed médicas. 2007. As escovas elétricas com temporizador permitem um controlo por parte do paciente, da duração da escovagem; Escovas elétricas com movimentos contra-rotativo e oscilante-rotativo parecem ter resultados mais favoráveis do que os manuais em termos de redução de inflamação e da placa bacteriana, fundamentalmente nas zonas entre os dentes; O facto de muitas possuírem sensor de pressão, previne a ocorrência de lesões nas gengivas e nos dentes, pois, aquando de forças excessivas, a escova para automaticamente. Sem o sensor de pressão que indicará a pressão correta, torna-se mais frequente os pacientes continuarem a aplicar excessivas na escovagem, podendo causar danos superiores aos das escovas manuais. Desvantagens: Contudo, inúmeros estudos revelam que não existe uma superioridade clinicamente significativa entre estes dois tipos de escovas… Após o chamado tempo de novidade (cerca de 5 a 6 meses), a utilização das escovas elétricas por parte dos pacientes por vezes cai em desuso. Se escolher uma escova elétrica, opte por uma cuja fonte de alimentação seja a energia elétrica e não a pilhas, pois uma escova a pilhas pode perder a eficiência sem o paciente se aperceber. A nossa sugestão: Para crianças: https://daboca.pt/product/escova-dentaria-curaprox-kids/ Para adultos que costumam usar uma escova média/dura sugerimos uma suave: https://daboca.pt/product/escova-dentaria-soft/ Para adultos que já estão habituados à suave sugerimos uma ultra suave link loja online: https://daboca.pt/product/escova-de-dentes-ultra-soft/ Escova elétrica Curaprox sónica: https://daboca.pt/product/curaprox-escova-sonica-hydrosonic-easy/   Referências Bibliográficas: Carranza FA. Periodontia clínica. Guanabara Koogan Klaus H, Edith M.R. Atlas de periodoncia. ed cientificas e tecnicas. 1993 . J.J.Echeverría Garcia et al. Manual de periodontia. Revisfarma – ed médicas. 2007.

higiene

Importância da higiene interdentária

Importância da higiene interdentária A escovagem diária não exclui a higiene interdentária, assim como pelo facto de utilizarmos fio dentário ou fita e escovilhões, necessitamos sempre de escovar os nossos dentes, pois as cerdas das escovas manuais e elétricas não conseguem alcançar e limpar todas as superfícies dos dentes. Sendo os espaços interdentários um local bastante propício à retenção dos restos alimentares, tanto gengivite como a doença periodontal apresentam sinais de maior severidade nessas regiões. Os principais meios de limpeza interproximal são o fio ou fita dentária e o escovilhão, e devem ser utilizados assim que haja contactos dentários, quer em dentição decídua quer permanente. A utilização destes deve ser diária, e se não for possível em todas as escovagens, a da noite será a altura mais interessante para o fazer. Existe uma enorme variedade de produtos diferentes, estando as marcas em constante evolução. A escolha está dependente da arquitetura do espaço proximal. Apesar de grande parte da população não utilizar este tipo de meio auxiliar de escovagem, tem-se que o fio dentário é o método mais eficaz na remoção de biofilme neste tipo de zona, prevenindo fenómenos de inflamação gengival e cárie interproximal. Encontram-se disponíveis no mercado fios: Torcido ou não torcido; Com ou sem flúor; Encerado ou não encerado; Com princípios ativos ou aromatizados; Apesar de todos este tipo de fios dentários diferentes as recomendações devem ser baseadas na facilidade de uso e na preferência pessoal. Como usar o fio dentário? Corte cerca de 30 cm de fio dentário e estique-o firmemente entre o dedo polegar e o indicador (ou entre os dois dedos indicadores), passando-o de forma suave para evitar lesar a gengiva. Após introduzir o fio na superfície de contacto do dente, deve-se envolvê-lo ao longo da mesma, fazendo-o deslizar. Em seguida, movimenta-se o mesmo ao longo do dente, acima da curva do dente, e suavemente para baixo, até atingir o sulco, repetindo este movimento algumas vezes. Repete-se este procedimento para a restante dentição. Fios dentários com suporte: Pode ser vantajoso em pessoas com pouca destreza manual; Escolha interessante para crianças e jovens; Enfermeiros (ou qualquer outra pessoa) responsável pela higiene oral de outrem, pois facilitam a manipulação.  Em casos de espaços amplos, o fio dentário torna-se pouco eficaz, devido à sua pouca espessura. Assim sendo, opções como a fita dentária ou o escovilhão tornam-se preferíveis.   Fio dentário ortodôntico do fio dental em áreas de difícil acesso. Cada seção do fio dentário apresenta um passa fio rígido, ponta rígida incorporada que alcança com segurança e conforto os pequenos espaços e áreas de difícil acesso. Escovilhões / Escovas interdetárias Indicados em casos de espaços interdentários amplos, superfícies côncavas e entre raízes dentárias (furca); Podem ter forma cónica ou cilíndrica; Devem ser trocados assim que os tufos entortarem; Devem ser orientadas no sentido para trás e para a frente. DICA: Deve optar por um escovilhão ligeiramente superior ao espaço interdentário, para que as cerdas do escovilhão incidam bem e exerçam uma pressão adequada nas superfícies a ser limpas.   Referências Bibliográficas: Carranza FA. Periodontia clínica. Guanabara Koogan Gum. Fio Dental Ortodôntico. [Internet]. 2024 [citado a 09 de fevereiro de 2024]. Disponível em:  https://www.sunstargum.com/br-pt/produtos/limpeza-interdental/fio-dental-ortodontico-gum.html Fio Dentário Green Clean.[Internet]. 2024 [citado a 09 de fevereiro de 2024]. Disponível em: https://www.jordanoralcare.com/pt/products/fio-dentario-green-clean/

Receitas

Receitas Chips de maçã na airfryer Panquecas de maçã Pão de cereais com pasta de grão Tostas de pasta de amendoim Nesta semana partilhamos as restantes receitas, que poderá fazer em casa com os seus filhos e que constituem ideias práticas e originais de lanches escolares, com baixo teor em carbo-hidratos e açúcares livres!  Chips de maçã na airfryer Modo de preparação: Reúna todos os ingredientes; Com a ajuda de uma faca afiada ou recorrendo a um mandolim, corte a maçã em fatias muito finas (cerca de 2mm); Coloque as fatias na airfryer pré aquecida a 150ºC, e espere cerca de 10 minutos; Separe as fatias umas das outras, e repita o processo durante mais 5 minutos; Agora é só servir! Panquecas de maçã Modo de preparação: Reúna os ingredientes necessários: 1 ovo; 1 maçã cozida reduzida a puré; 150g farinha de espelta; 90ml de leite; Fermento em pó; Canela. Comece por misturar o ovo, com o puré de maçã e o leite; Vá adicionando a farinha até obter uma textura cremosa. Pode ser necessário retificar a quantidade de farinha; Junte a canela a seu gosto e o fermento em pó; Coloque a massa em pequenas porções numa sertã antiaderente e vá cozinhando as panquecas. Pão de cereais com pasta de grão Modo de preparação: Reúna os ingredientes necessários 200 g de grão cozido 1 dente de alho 2 colheres de sopa de azeite 1 colher de chá de sementes de sésamo Coloque no copo alto 200 g de grão cozido; Junte o dente de alho, o azeite, as sementes de sésamo previamente torradas; Triture tudo com a varinha mágica até obter uma pasta que pode usar para barrar em tostas ou no pão; Pode conservar no frio durante 2 a 4 dias. Tostas de pasta de amendoim Modo de preparação: Reúna os ingredientes necessários 50 g pão sem glúten integral; 10 g manteiga de amendoim (100% amendoim), 1 banana média (125g) Colocar uma fatia de pão a tostar. Barrar a manteiga de amendoim no pão e colocar a banana cortada às rodelas por cima. Referências Bibliográficas: Pelorim. Pasta de grão para barrar o pão – húmus. [Internet]. 2014. [citado a 2 de fevereiro de 2024]. Disponível em: https://pelorim.pt/blog/2015/06/23/pasta-de-grao-para-barrar-o-pao-humus-2 Receitaria. Chips de maçã na airfryer. [Internet]. 2023. [citado a 2 de fevereiro de 2024]. Disponível em: https://www.receiteria.com.br/receita/chips-de-maca-na-airfryer/ Pereira I. Lanches saudáveis que todas as crianças vão querer comer. [Internet] [citado 25 de janeiro de 2024].

Nutrição e saúde oral das crianças

Nutrição e saúde oral das crianças – Sugestões de um médico dentista acerca dos lanches escolares Existe uma relação verificada entre a alimentação/nutrição/saúde oral e saúde em geral. Uma alimentação equilibrada influenciará positivamente a saúde oral, contribuindo para um estilo de vida mais saudável e maior longevidade, no entanto uma alimentação desequilibrada poderá ter efeitos ao nível do desenvolvimento craniofacial, bem como constituir potencial fator de risco para outras doenças na cavidade oral (cáries dentária, erosão dentária e doenças periodontais) e não só (obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares…). Sabia que 25% da ingestão energética diária das crianças e jovens provém dos lanches? A escolha dos lanches deverá ser orientada consoante as necessidades do seu filho: Escolhas e preferências da criança; Rotina das crianças: horários, existência de atividades extracurriculares e número de lanches que vão necessitar; Gestão/ Dinâmica familiar. O que deve incluir nos lanches do seu filho? Água; Frutas ou legumes. Alimentos com baixo teor de açúcar e de gorduras terão um efeito protetor na saúde oral; Alimentos fontes de proteína: ovos, lacticínios, bebidas vegetais … Cereais: pão, tostas …  Seguem alguns exemplos do que poderá incluir nos lanches do seu filho(a), segundo o Guia para lanches escolares saudáveis, publicado pela Direção-Geral da Saúde e a Direção-Geral da Educação: 1 porção de fruta (100g -150g); Deve optar por cereais integrais, ricos em vitaminas do complexo B, mineirais e fibras; 1 porção de leite e derivados;  Pode optar por: 20 amêndoas ou avelãs ou amendoins;  5 nozes;  1 c. sobremesa de pasta; As leguminosas são uma excelente opção, e uma alternativa saudável para fugir à rotina dos lanches normais. Pode optar por exemplo por pastas feitas em casa para barrar no pão ou em tostas: de feijão, lentilhas, grão, entre outros. Incluir legumes como snacks a meio da manhã ou da tarde, ou como complemento de um lanche também é excelente opção: palitos de cenoura, tomate cherry… O que deverá evitar? leite com chocolate; leite com mel ou açúcar; bolachas recheadas; Barras de cereais comerciais; Refrigerantes e néctares; Pães com açúcar, compotas adocicadas ou chocolates de barrar … Bolos de pastelaria e comerciais, entre outros … A fruta deve ser escolhida de preferência no seu estado in natura, deverá optar por alimentos frescos, não processados, do que os embalados e com processamento, como as papinhas de fruta. Estas só deverão ser consumidas em casos SOS, mesmo quando o rótulo afirma ser fruta 100% biológica, pois, pela sua composição: Possuem um elevado teor de açúcares livres; Não oferece um sabor isolado; Aumentam o risco de aparecimento de cáries dentárias; Pela forma de consumo: Não existe controlo da porção; Perde-se a exposição visual e olfativa; A sucção dos bebés/ crianças impede o treino motor da cavidade oral. Além disso, muitas vezes o consumo de fruta sob a forma de sumos e refrigerantes são muitas vezes responsáveis provocar erosões dentárias, devendo ser evitados como uso rotineiro no dia a dia da criança. Estes são alguns aspetos em consideração que aumentam o potencial erosivo destes sumos/refrigerantes: Se permanecer sumo na boca tempo demais antes de engolir; Se beber os sumos sem qualquer outro acompanhamento, por ex. com uma sandes de queijo; Os açúcares, principalmente conhecidos como sacarose, entre outros, são então sem dúvida o fator alimentar mais importante no aparecimento da cárie dentária.Isto não significa, tal como os sumos de fruta ou as papas, que as crianças não possam, em momentos especiais ou ocasiões pontuais, saborear estes tipos de alimentos, no entanto devemos ter em conta, quando isso acontece: Passar o conteúdo para uma tigela ou copo (desta forma mantém-se o controlo da porção e não perdemos a exposição visual ou olfativa); Optar por, quando comerem doces ou outras guloseimas, fazê-lo logo após a refeição e não deixar passar tempo após a refeição. Por outras palavras, os doces devem ser comidos “todos de uma vez” e não o racionar no tempo. Agora, damos o exemplo de algumas receitas diferentes que podem fazer em casa, com os seus filhos, de modo a tornar mais divertido o momento de preparar os snacks! Bolinhos de cenoura e cocô (1) Chips de maçã na airfryers Panquecas de maçã Pão de cereais com pasta de grão e cenoura Tostas de pasta de amendoim.  (1) Para preparar esta receita vai precisar de: 10 tâmaras; 1 cenoura 3 colheres de sopa de coco ralado Modo de preparação:  Descasque a cenoura e corte-a aos bocadinhos. Triture todos os ingredientes num processador. Envolva a mistura em bolinhas, com o seu filho e leve-as ao frigorífico uns minutos. Esta semana deixamos a sugestão desta receita tão fácil e saudável! As outras receitas que sugerimos são igualmente práticas e partilharemos no próximo artigo. Referências Bibliográficas: Silva J. Avaliação da frequência do consumo de alimentos cariogénicos e sua relação com a cárie dentária numa amostra de crianças. [Internet]. [Porto]. Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto; 2006 [citado 25 de janeiro de 2024]; disponível em: http://hdl.handle.net/10216/54450 Pereira I. Lanches saudáveis que todas as crianças vão querer comer. [Internet] [citado 25 de janeiro de 2024] (sem autorização do autor). Gregório M, Lima R, Sousa S, Marinho R. Guia para Lanches Escolares Saudáveis. [Internet] [citado 25 de janeiro de 2024]. Disponível em: https://www.ordemdosnutricionistas.pt/noticia.php?id=1111 

aftas

Aftas ou Estomatite Aftosa Recorrente

Aftas ou Estomatite Aftosa Recorrente A estomatite aftosa recorrente (EAR) vulgarmente conhecida como aftas, é a doença ulcerativa mais comum da mucosa oral. Por norma inicia-se na infância e afeta cerca de 25% da população mundialmente. Caracterizam-se por feridas ou lesões na mucosa oral, sendo mais frequente no sexo feminino que masculino e podem aparecer de forma isolada ou em grupo. São dolorosas e por vezes até incapacitantes, podendo ter tamanhos distintos e cicatrizarem em tempos diferentes. Por norma são lesões bem demarcadas, redondas ou ovaladas, rasas, normalmente esbranquiçadas ou cinzentas-amareladas, rodeadas por uma auréola vermelha e podem aparecer em toda a nossa boca: Mucosa Oral Língua Gengiva Lábio Palato mole Normalmente as aftas cicatrizam em 14 dias, de forma espontânea, mesmo sem qualquer tratamento. No entanto, se não for o caso, deverão ser vistas por um médico dentista. Como surgem as aftas? A sua origem não está completamente esclarecida, mas parece ocorrer em famílias. Contudo, podemos destacar alguns fatores predisponentes: Traumatismos (ex.: mordeduras acidentais na mucosa dos lábios ou interior das bochechas, escovagem muito agressiva); Pobre higiene oral; Momentos de maior stress a nível físico ou psicológico; Presença de hiperacidez bucal; Presença de aftose na família; Deficiência nutricional / Dieta pobre em ferro, ácido fólico, vitamina B12 por exemplo; Hipersensibilidade a alimentos como nozes e citrinos; Condição endócrina: estrogénio/progesterona; Sistema imune debilitado, doenças autoimunes ou reações a medicamentos. Tratamento Tópico (preferível e primeira linha de opção pela eficiência, segurança e menor incidência de efeitos colaterais que apresentam; Soluções antissépticas ou antibacterianas – sob a forma de colutórios para bochecho, géis ou gotas; Produtos naturais: extrato de alcaçuz, ainda que sem evidência científica; Soluções anestésicas; Anti-inflamatórios, são os mais atualizados; Sistémico (quando o tratamento tópico não resolve e/ou manifestações severas tal como diarreia, dor abdominal, náuseas, fadiga…); Laser de baixa potência: atualmente tem sido verificado um aumento da utilização do laser de baixa potência como opção para o tratamento da EAR graças ao seu efeito analgésico, estimulação do processo de cicatrização e promoção do alívio da dor. Uma vez que o aparecimento destas lesões é multifatorial, o ideal é estabelecer primeiro a etiologia, isto é, a causa para o aparecimento destas lesões, e realizar o tratamento dirigido à causa. Como sabemos, uma deficiência nutricional de vitamina B12 pode ser a causa para o aparecimento de aftas. Assim, o tratamento ideal será a suplementação da vitamina em falta. Esta terapêutica consiste numa resolução simples, barata e de pouco risco aos pacientes com EAR, reduzindo o número de úlceras orais e da dor.

gelados de leite materno

Dicas para pais de 1ª viagem na higiene oral do seu bebé

Dicas para pais de 1ª viagem na higiene oral do seu bebé Escova dentária jordan, ideal dos 0-2 anos Pasta dentífrica sabor a morango com 1000 ppm 1-5 anos Quais os sintomas de erupção dos primeiros dentinhos? Entre os 6 meses e os 2 anos ocorrerá o nascimento dos primeiros dentinhos do bebé, a dentição decídua. É um período desconfortável para o bebé e por isso requer uma atenção ainda maior. Normalmente, os sintomas mais comuns são caracterizados por períodos de irritabilidade, febre, diarreia, aumento da salivação e sono agitado, podendo também ocorrer alterações no hábito de despertar à noite ou mesmo sono diurno. É menos habitual, mas também pode acontecer o bebé ter maior corrimento nasal, vómitos e redução do apetite, erupção cutânea e dificuldade de movimento. Próximo do dia de erupção, a gengiva encontrar-se-á esbranquiçada, com edema e eritema (tom avermelhado e quente) local. É sempre necessário ressaltar que alguns sintomas exacerbados durante este período, como por exemplo um estado febril maior e com quadros de diarreia, vómitos ou erupção cutânea, podem alertar uma associação simultânea com uma doença sistémica, e por isso, é de extrema importância estar alerta e consultar ajuda médica e odontopediátrica, se necessário. O que posso fazer para aliviar os sintomas do meu bebé? Existem algumas formas práticas de aliviar os sintomas do bebé: Utilização de mordedores de silicone, que possam ir ao frigorífico para manter uma temperatura baixa; Massajar as gengivas: seja com o dedo ou com toalhitas. Massaje bem no local de nascimento dos dentinhos e mesmo no rosto do bebé; Infusões de calêndula. A calêndula é uma planta medicinal vulgarmente conhecida por possuir propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. Deve envolver uma gaze com infusão de calêndula e massajar a gengiva do bebé. Gelados de leite materno. Gelado com o próprio leite da mãe pode ser uma excelente opção, acalmando o bebé. Gel primeiros dentes e medicação: Em estados febris, pode ser necessária a prescrição de analgésicos como o paracetamol. Como deve ser feita a higiene oral nos primeiros anos de vida  do bebé?  Antes do primeiro dente nascer: É importante higienizar a boca do bebé mesmo que ainda não possua dentes. Pode recorrer a uma gaze humedecida em água ou com soro fisiológico para limpar os restos de leite que ficam na boca e evitar a acumulação de micro-organismos. Depois do primeiro dente nascer: Assim que o primeiro dente nasça, é importante a utilização de um dentífrico adequado. Para isso, a quantidade de flúor mínima recomendada a partir do nascimento dos dentes de leite é de, pelo menos, 1000 ppm, com quantidade de pasta semelhante a um grão de arroz cru. É ideal os papás terem especial atenção na escolha da escova dentária: as cerdas da escova devem ser moles e macias, a cabeça da escova pequena, o cabo da escova pode ser redondo (como se apresenta na seguinte imagem) ou longo (mais conhecido), com ou sem pegas. Para quando a primeira consulta no médico dentista? A primeira consulta da criança no dentista deverá ser a partir da erupção do primeiro dente temporário, podendo estender-se no máximo, quando a criança completar o primeiro ano de vida. No entanto, é recomendável a visita ao médico dentista mesmo ainda antes do nascimento dos primeiros dentes, com os seguintes objetivos: Avaliação de freios e ajuda na amamentação; Preparação dos pais/encarregados de educação, nomeadamente para o nascimento dos primeiros dentes, introdução alimentar, importância da amamentação, realização da higiene oral, frequência das consultas recomendadas, acesso a cheques dentistas, etc.; Poderem ter acesso a um contacto de emergência, caso venham a necessitar

Amelogénese Imperfeita

Amelogénese Imperfeita

Amelogénese Imperfeita Hoje falamos sobre Amelogénese Imperfeita A amelogénese imperfeita é uma doença genética e hereditária que afeta o tecido mais duro dos nossos dentes, o esmalte dentário. Por isso, os pacientes com esta doença verão afetadas a dentição decídua, ou seja, os dentes de leite e a dentição permanente. Esta doença pode aparecer isolada, isto é, sem qualquer outro tipo de doença sistémica associada e em conjunto com síndromes com repercussões renais, por exemplo. Nesta doença com graves repercussões dentárias podemos visualizar muitas vezes: Dentes de tamanho mais pequeno; Com manchas castanhas-amareladas; Afastamentos/espaços entre os dentes (diastemas); Por vezes a gengiva também se encontra aumentada. Muitas vezes confundimos amelogénese imperfeita com outros problemas dentários ou défices vitaminais: Níveis reduzidos de vitamina D (geralmente conseguimos visualizar riscas horizontais contínuas esbranquiçadas e amareladas em múltiplos dentes); Hipomineralização incisivo-molar (pode consultar este tema aqui: Manchas brancas e/ou castanhas nos incisivos e molares? O que pode ser? – Medivila.pt) Fluorose dentária, por vezes torna-se complicado distinguir devido à presença de manchas castanhas, no entanto se pesquisarmos bem acerca da história clínica do paciente e restante família, hábitos de consumo excessivo de flúor, conseguimos perceber de que lesões se tratam. Por norma, e ainda que não haja evidência suficiente, muitos destes pacientes costumam apresentar mordidas abertas (quando os dentes não encaixam). Pensa-se que esta pode ser explicada pela presença da sensibilidade dentária dolorosa que possuem, levando a que estes pacientes interponham a língua entre os dentes, como formas de “proteger a dentição”. Além disso, muitas vezes os pacientes evitam a escovagem dentária por frequentemente sofrerem de sensibilidade dentária. Por essa razão é bastante frequente a presença de tártaro. Podemos visualizar também na boca destes pacientes: Reabsorções dentárias; Fraturas de dentes logo após a sua erupção; Atrasos na erupção dos dentes; Pigmentações extrínsecas. Existem vários tipos de amelogénese imperfeita, no entanto apesar disso, na prática os dentes podem comportar-se da seguinte maneira: Tamanho e forma normal, no entanto, o esmalte dentário é mais poroso e menos mineralizado comparativamente aos dentes saudáveis; Esmalte mais fino ou até mesmo inexistente, e com fissuras ou sulcos, e geralmente os dentes também possuem menor tamanho e com morfologia alterada, mas em termos de qualidade de esmalte, é igual comparativamente aos dentes saudáveis. E agora, como tratar? Atualmente existem múltiplos tratamentos disponíveis em âmbito de consultório dentário, formas de prevenir a progressão da amelogénese imperfeita, evitando situações clínicas mais críticas para a saúde oral do paciente… Estas opções de prevenção e tratamento dependem da idade do paciente e obviamente do seu grau de colaboração nas consultas. Podemos enumerar algumas: Aplicação de verniz fluoretado; Aplicação de selantes de fissuras; Coroas metálicas em dentes posteriores para evitar a perda do espaço e a diminuição da “altura de oclusão”; Pastas dentífricas com maior concentração de flúor, dependendo das idades; Restaurações a resina composta; Procedimentos como branqueamento dentário e/ou microabrasão.

saliva

As funções da saliva e a importância de escovar os dentes antes de dormir?

As funções da saliva e a importância de escovar os dentes antes de dormir Atualmente sabemos que a nossa saliva desempenha múltiplas funções: desde a intensificação do sabor dos alimentos, participa na lubrificação e na remoção mais rápida do bolo alimentar, regula o pH da nossa boca, e desempenha uma importante atividade anti cárie, por assim dizendo. Graças a um fluxo salivar adequado, a saliva é capaz de compensar a quantidade enorme de bactérias que temos na cavidade oral, desempenhando um papel protetor no aparecimento das cáries dentárias. Além disso, a saliva também possui um importante papel de regulação do pH, neutralizando os ácidos produzidos por essas bactérias, e os alimentos cujo pH é mais baixo do que o da nossa boca. Um ambiente acídico é favorável para a ocorrência de desmineralizações e erosões nos dentes. Pensa-se que alguns componentes constituintes da saliva poderão proteger a estrutura mais superficial do dente, chamado de esmalte dentário!  Assim, de forma lógica podemos dizer que, quando o fluxo salivar diminui, que ocorre de forma normal e natural à noite, enquanto dormimos, essa proteção anti cárie da saliva também se encontrará diminuída, podendo-nos tornar mais suscetíveis ao aparecimento de cáries dentárias.   Por outro lado, durante a noite, o número de bactérias também aumentará, já que, sem o papel da lubrificação da saliva na remoção dos hidratos de carbono, estes permanecerão mais tempo na nossa boca… Podemos afirmar, que nesse caso, temos em nossa posse menos mecanismos de proteção contra os microrganismos presentes na cavidade oral capazes de desmineralizar a estrutura dos dentes e provocar cáries dentárias!   Obviamente que o aparecimento destas lesões também dependerá, claramente, do nível de exposição aos alimentos açucarados e outros hidratos de carbono a que estamos sujeitos, na frequência do seu consumo e da qualidade da higiene oral que temos! Por exemplo, uma alimentação sem carbohidratos e outros açúcares faria com que as bactérias da cavidade oral não possuíssem substrato/ “alimento” para se reproduzirem e por consequência o pH não iria baixar, nem causar desmineralização nos dentes!   Podemos dizer então que a altura do dia mais importante para a escovagem dentária é ao deitar! Promover o aporte de flúor necessário para a cavidade oral é crucial para contrabalançar esse desequilíbrio que temos na proteção anti cárie da saliva!   É importante referir que deve estar atento à concentração em ppm de flúor da sua pasta dentífrica: esta deverá ter pelo menos 1000-1550 ppm de Flúor. Não se deve esquecer de recorrer também ao fio dentário, antes de realizar a escovagem!

lesões de abrasão

Lesões não cariosas

Lesões não cariosas Lesão de Abrasão – Têm forma côncava Lesão de Abfração – Têm forma de V. Podem confundir-se com lesões de Abrasão Lesão de Erosão – Lesões amareladas e com perda de brilho nas superícies e que se podem estender a todos os dentes Lesão de Atrição Há muitas lesões que nada, ou muito pouco têm a ver com a cárie dentária… A lesão não cariosa (LNC) é definida como a perda da estrutura dentária, originada a partir de mecanismos não relacionados com o processo de cárie. Em que zonas costumam frequentemente aparecer? Na zona de transição entre a coroa do dentes e a raiz, precisamente por encontrarmos nessa zona um esmalte dentário mais fino e menos resistente; Na região oclusal e incisal (nas zonas dos dentes que mastigam e cortam os alimentos). Então que lesões não cariosas existem? Abrasão Abfração Erosão Atrição Lesões de abrasão Perda progressiva da estrutura do dente, provocada por agressões mecânicas repetidas, pro exemplo: Por uma incorreta escovagem dentária; Utilização de escovas dentárias com cerdas duras; Pastas dentífricas demasiado abrasivas; Forças excessivas de ganchos de próteses dentárias; Fumar cachimbo, abrir ganchos de cabelo com a boca, tocar instrumentos musicais de sopro… Lesões de abfração Normalmente resulta de um excesso de forças na zona dos dentes que mastigam. Podem também ocorrer quando existe falta de dentes posteriores e são usadas próteses dentárias desadaptadas. Lesões de erosão As lesões de erosão são cada vez mais prevalentes na população. Resultam do desgaste dentário por dissolução ácida de origem não bacteriana, ou seja, devido à ingestão frequente de: Bebidas cítricas (limonadas); Bebidas gaseificadas (coca-cola); Abuso nos pickles; Bebidas dietéticas, etc. Vómitos frequentes ou regurgitação do conteúdo gástrico pode também ser um fator para o aparecimento destas lesões. Lesões de atrição A atrição pode ser definida como o desgaste fisiológico da superfície do dente ou restauração causada pelo contacto de um dente com outro, durante processos de mastigação ou parafunção, como é o caso do bruxismo, podendo ocorrer tanto na dentição decídua como na permanente. Quais os tratamentos disponíveis? O tratamento passa por 3 etapas. A 1ª, chamada prevenção primária, passa pela alteração dos fatores que levam ao aparecimento destas lesões: seja pela troca da escova dentária, que já não se encontra em condições de uso, seja pela re-aprendizagem do método de escovagem, escovando com menos força e utilizando uma escova de cerdas macias. A 2ª etapa é dirigida para o tratamento sintomático destas lesões, que passa por exemplo pela aplicação de um verniz de flúor ou aplicação de dessensibilizantes. Por fim, a 3ª etapa quando há perda da estrutura dentária, risco de exposição pulpar, sensibilidade dentária ou a localização da lesão compromete a realização ou estabilidade de uma prótese removível, dever-se-á proceder ao tratamento restaurador. Referências bibliográfica: Silva MJ, Melo P, Tratamento de lesões dentárias cervicais. In: Ramos JC. Estética em Medicina Dentária. 2009: 76-83. Pierre Fabre Oral Care. Abrasão Dentária. [Internet]. 2023. [citado a 20 de dezembro de 2023] Disponível em: https://www.pierrefabre-oralcare.com/pt-pt/rotinas-de-aconselhamento/saude-dentaria/desgaste-dentario/abrasao-dentaria  de Macedo Amaral S, da Costa Abad E, Maia KD, Weyne S, Pinto Basílio De Oliveira MD, et al. Lesões não cariosas: O desafio do diagnóstico multidisciplinar. International Archives of Otorhinolaryngology. [Internet]. Março de 2022; 16(1): 96-102. Disponível em: https://doi.org/10.7162/S1809-48722011000100014 Neto V. Lesões cervicais de origem não cariosa: multifatoriedade etiológica. [Internet]. Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz. 2012 [citado 20 de dezembro de 2023]. Disponível em: https://estudogeral.uc.pt/bitstream/10316/36811/1/tese%20de%20mestrado%20JoanaCoutinho.pdf

sorriso gengival

Sorriso Gengival

Sorriso Gengival O sorriso gengival pode ser descrito como uma condição não patológica caracterizada pela exposição gengival excessiva durante o sorriso. Ainda que os estudos não sejam completamente esclarecedores quanto ao tema, aponta-se que uma exposição de gengiva superior a 4 mm é considerada um sorriso não atrativo/ pouco estético. É mais frequente em mulheres e em idades mais jovens. É importante que existam medidas específicas para estabelecer o grau de severidade de exposição gengival, podendo esta dividir-se em estadio I (ocorrendo em momentos de sorriso espontâneo ou máximo) e estadio II (quando em momentos de sorriso social ou forçado). Implicações sociais e estéticas A Beleza do sorriso é complexa e não é apenas acerca da forma e posição dos dentes, mas também pelas características do tecido gengival e da conformação dos lábios. O sorriso gengival é frequentemente um problema dos pacientes pois influencia as relações interpessoais e a autoestima. O que pode causar? Sabemos atualmente que a etiologia do sorriso gengival é multifatorial, podendo causas dentárias, musculares e esqueléticas determiná-lo: Excesso de maxilar no sentido vertical. Extrusão dentoalveolar Hipermobilidade do lábio superior. Lábio mais curto. Erupção passiva alterada. A realização de um correto diagnóstico diferencial do sorriso gengival é crucial para a elaboração de um plano de tratamento específico e individualizado para cada paciente. O plano de tratamento poderá incluir uma única terapêutica ou a combinação de várias, uma vez que, atualmente estão descritos vários de tratamento para correção do sorriso gengival. Estes tratamentos poderão ir desde tratamentos invasivos ou não invasivos, cirúrgicos ou não cirúrgicos, a longo ou curto prazo. De que tratamentos pode beneficiar o paciente? Em casos mais severos de excesso vertical maxilar e extrusão dentoalveolar, muitos dos casos são tratados com cirurgia ortognática (em meio hospitalar) ou por vezes recorrendo à ortodontia. Em casos de hipermobilidade do lábio superior, normalmente o tratamento envolve a aplicação de toxina botulínica (Botox). Em casos de lábio curto, atualmente ainda não existe nenhum tratamento descrito comprovado e previsível. Nos casos de erupção passiva alterada, por outras palavras verifica-se a sobreposição da gengiva à coroa do dente, dever-se-á recorrer à cirurgia plástica periodontal, realizado por um periodontologista. Todas as pessoas que tenham sorriso gengival precisam de corrigi-lo? Por norma o sorriso gengival pode ou não ser corrigido, isto é, se tiver implicações estéticas ou funcionais para o paciente. O que para uns pode incomodar, para outros pode não fazer qualquer diferença e até agradar. Por isso, torna-se importante uma avaliação detalhada de cada caso, de forma a planear um correto plano de tratamento ajustado às necessidades de cada paciente. Quais as vantagens e desvantagens de realizar cirurgia de sorriso gengival? Para além dos benefícios estéticos, e na autoestima do paciente, quando se recorrem a métodos como a cirurgia ortognática e/ ou cirurgia plástica periodontal, obtemos resultados permanentes. Contudo, quando se recorre ao uso de toxina botulínica, vantajosa em casos de hiperatividade muscular, é importante relembrar que este tratamento é temporário e reversível (duração média de 3-6 meses), tornando-se uma desvantagem inerente a este tratamento, no entanto o mesmo implica uma recuperação mais rápida e com baixo risco nas intervenções.   Por fim, sabendo que com o avançar da idade o lábio superior tende a “alongar”, poderão não ser necessárias correções em casos em que o sorriso gengival não é excessivo. Referências Bibliográficas: Xavier, I., Cortesão, F., Alves, R., & Mendes, J. J. Retalho de reposição apical no tratamento de erupção passiva alterada – Caso Clínico. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentaria e Cirurgia Maxilofacial [Internet]. (2008) [citado 14 de dezembro de 2023]; 59(2), 119–124. Disponível em:  https://doi.org/10.24873/j.rpemd.2018.09.226 . Câmara, C. Flowchart of diagnosis and treatment of gummysmile. Revista Clínica de Ortodontia Dental Press [Internet]. 2019 [citado 14 de dezembro de 2023]; 18(3):8-12. Disponivel em: https://eds.p.ebscohost.com/eds/pdfviewer/pdfviewer?vid=3&sid=ae3d6364-6cd0-49d0-86de-8868c181f893%40redis Soares, R. Correção do sorriso gengival por métodos não cirúrgicos – Revisão Narrativa. [Internet]. Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa; 2021 [citado 14 de dezembro de 2023]. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/50305/1/Rafaela_Soares_DM_2020-2021.pdf Portal do Sorriso. Sorriso Gengival – o que é e como melhorar. [internet]. São Paulo; [citado a 14 de dezembro de 2023]. Disponível em:  https://portaldosorriso.com.br/ .

cheques-dentista

O que são cheques-dentista?

O que são os cheques-dentista? Os cheques-dentista são guias que dão acesso a um conjunto de cuidados de medicina dentária. Abrange diversas áreas como prevenção, diagnóstico e tratamento. Quem está abrangido? grávidas seguidas no SNS beneficiários do Complemento Solidário crianças e jovens até aos 18 anos, independentemente da escola ou instituição que frequentem utentes portadores de infeção por VIH/SIDA utentes com lesão suspeita de cancro oral   À consulta de higiene oral podem aceder jovens com 4, 7, 10 e 13 anos. Para além disso, o Programa Nacional de Promoção à Saúde Oral permite prestar cuidados médico-dentários a grupos chave e especialmente vulneráveis e utentes do Serviço Nacional de Saúde. Quais as diferentes idades pediátricas para o cheque-dentista?  As idades estão divididas em: 2 aos 6 anos 7 aos 9 anos 10 aos 12 anos 13 a 14 anos 16 a 18 anos  A consulta dos 15 anos pode ser inserida na faixa etária dos 13 aos 14 anos ou 16 aos 18 anos.  Como aceder? Deverá marcar uma consulta no seu médico de família, caso esteja dentro da lista de utentes com elegibilidade. No que se refere às crianças, a consulta deve ser marcada apenas para a criança com idade inferior a 6 anos, inclusive. Para as restantes idades, o acesso é decidido em ambiente escolar. A quantos cheques-dentista tenho direito? Grávidas: máximo de 3 cheques-dentistas por gravidez, a utilizar até 60 dias após a data prevista para o parto ou da data efetiva do mesmo; Beneficiários do Complemento Solidário: até 2 cheques-dentista por ano, a utilizar num período de 12 meses; Utentes portadores de infeção por VIH/SIDA: até 6 cheques-dentista no primeiro acesso e 24 meses depois da emissão da referenciação anterior até 2 cheques. Criança de 2, 3, 5 e 6 anos: 1 cheque-dentista, desde que tenha cáries em dentes decíduos. Criança de 4 anos: até 2 cheques-dentista. Crianças de 7 e aos 10 anos: têm acesso até 2 cheques-dentista. Aos 13 os jovens podem ter acesso até 3 cheques-dentista. Criança ou jovem de 8, 9, 11, 12, e 14 anos: 1 cheque nas seguintes condições (crianças de 8 e 9 anos que completaram o plano de tratamento aos 7; crianças de 11 e 12 que completaram o plano de tratamento aos 10 e aos jovens de 14 anos que completaram o  plano de tratamento aos 13). Jovens de 16 anos: a 1 cheque se completaram o plano de tratamento aos 13. Jovens de 18 anos: a 1 cheque se completaram o plano de tratamento aos 16. A que tratamentos tenho direito? Tratamentos preventivos restaurações desvitalizações exdtrações destartarizações alisamentos radiculares

consulta do bebé

A consulta do bebé

A consulta do bebé A maioria acha que a consulta do bebé no odontopediatra ou no médico dentista deve ser após o nascimento dos dentes, mas não é verdade! O correto é levar o recém-nascido mesmo sem dentes! Na primeira consulta serão passadas informações importantes, o bebé é avaliado em questões mais estruturais da boca, como as bases ósseas e também o freio lingual e labial, as consultas de prevenção serão agendadas e os pais já terão um profissional de referência caso aconteça alguma urgência. É importante lembrar que o ideal é que a mãe tenha já realizado a consulta pré-natal no médico dentista. De forma resumida, Até aos 12 meses:

pasta de dentes

A pasta de dentes tem açúcar?

A pasta de dentes tem açúcar? A pasta de dente não tem açúcar. Seria muito controverso escovar os dentes com algo que causa a doença cárie, não concorda? Mas e o sabor adocicado, advém de onde ? De adoçantes, a maioria das pastas tem adoçantes na composição (sorbitol, xilitol, sacarina, sucralose…) para torná-las palatáveis, tanto nas pastas para adultos como para as crianças.  Os principais componentes das pastas dentífricas: Lauril Sulfato de Sódio: é responsável pela formação da espuma ao escovarmos os dentes e possui ação detergente. Carbonato de cálcio (8CaCO3): substância abrasiva, age durante a escovagem aumentando o atrito com os dentes. O contacto promove a esfoliação da camada mais externa dos dentes eliminando a placa bacteriana. NaHCO3 (Bicarbonato de sódio): é um antiácido e regula o pH do meio oral, é classificado como abrasivo. Fluoreto de sódio (NaF): agente terapêutico, mais conhecido como flúor. Este componente reage com o fosfato de cálcio presente nos dentes para formar fluoropatita (substância de proteção contra cáries dentárias). O flúor é um importante componente, pois inibe a ação de bactérias. Sorbitol ou edulcorante: esta substância é responsável pelo sabor doce da pasta dentífrica. Flavorizantes: agentes responsáveis pelo sabor que promovem um efeito refrescante. Água e álcool etílico: estes são os solventes responsáveis pela dissolução dos ingredientes, formando uma pasta homogênea. Glicerina: humectante, a pasta dentro do tubo não resseca em virtude da presença da glicerina.

ATM

ATM e o paciente pediátrico

ATM e o paciente pediátrico Raramente os pais ou responsáveis da criança procuram tratamento para as desordens da ATM. No entanto, o médico dentista deve estar atento aos primeiros sinais e sintomas que a criança possa manifestar, de forma a haver uma rápida resolução e, caso não seja possível reverter, pelo menos prevenir a sua progressão. Normalmente, nas crianças existe dificuldades em verbalizar a localização exata da dor facial, bem como a sua natureza. No que toca à ATM, a história da dor, quando esta existe, é uma história não definida, sendo muito importante haver uma boa avaliação clínica. A avaliação clínica compreende um exame clínico a: Músculos da mastigação; ATM’s; Estruturas capsulares; Estruturas ligamentares. Este exame, aliado a sintomatologia que a criança possa referir (dores de cabeça, sintomas otológicos, dores faciais), pode levar à desconfiança de uma desordem temporomandibular (DTM). Em termos epidemiológicos, sabe-se que, entre os 12 e os 18 anos, cerca de 7% das crianças e jovens apresentam DTM.  Alguns estudos têm demonstrado a correlação entre a frequência de dores de cabeça e de sintomas otológicos e a ocorrência de DTM’s, no entanto ainda é um pouco controverso. À medida que as crianças vão crescendo e vão alterando a sua dentição – passando da dentição temporária para a dentição mista precoce, para a dentição mista tardia e finalmente para a dentição permanente – há um aumento da prevalência das DTM’s. Howard (2013) verificou uma coincidência entre uma maior prevalência de DTM’s e algumas alterações na oclusão, como: Mordidas cruzadas posteriores; Mordida aberta anterior; Classes III de Angle; Overjet superior a 6mm.   Em relação à etiologia, existem três tipos de fatores: Fatores predisponentes (ou de risco) – o paciente tem-nos, mas o facto de os ter não significa que tenha uma DTM (requerem fatores precipitantes para desenvolver a patologia): Sistémicos: Artrite reumatóide; Espondilite anquilosante; Lúpus eritematoso sistémico; Artrite idiopática infantil; Hipermobilidade articular generalizada; Psicossociais; Fisiológicos; Estruturais (oclusão, anomalias de desenvolvimento músculo-esquelético e articular);  Fatores precipitantes (trauma) – combinados com os predisponentes, desencadeiam uma DTM: Atividades repetidas numa postura incorreta; Força inadequada (tocar instrumentos de sopro ou violino); Má postura durante o sono; Fatores perpetuantes – por si só não proporcionam DTM, mas associados a outras causas e fatores, podem mantê-las ao longo do tempo: Parafunções; Doenças sistémicas; Factores oclusais; Stress psicológico;

diabetes mellitus

Diabetes mellitus e saúde oral

Diabetes mellitus e saúde oral A diabetes mellitus é uma doença metabólica crónica, que pode ter várias causas e que resulta de várias alterações fisiopatológicas que conduzem à elevação permanente da glicemia (concentração de açúcar no sangue).A nível de repercussões orais, os pacientes com diabetes têm:   Quanto às recomendações para o tratamento dentário:

manchas nos incisivos e molares

Manchas brancas e/ou castanhas nos incisivos e molares?

Manchas brancas/castanhas nos incisivos e molares? A hipomineralização incisivo-molar é uma alteração da estrutura do esmalte bastante frequente. A forma de os pais relatarem esta condição é dizerem “os dentes do meu filho, quando nasceram, já vinham assim”. Afinal o que são estas manchas nos incisivos e molares?  É um defeito da estrutura do esmalte de origem sistémica, que afeta de um a quatro 1os molares permanentes, e que também pode afetar os incisivos permanentes, principalmente os superiores. No entanto, estes pacientes tanto podem ter os quatro 1os molares permanentes e os oitos incisivos afetados, como podem ter apenas um 1o molar permanente e um incisivo permanente afetado, sendo que têm ambos a mesma doença, mas com expressão e gravidade diferentes. A sua origem resulta durante a amelogénese, numa disfunção dos ameloblastos em maturar o esmalte. Clinicamente verificam-se manchas (opacidades) na superfície dentária, que podem ter coloração branca leitosa, creme, amarela ou acastanhada, principalmente na região dos 2/3 mais incisais ou dos 2/3 mais oclusais. Quanto mais escuros forem os defeitos, mais fraco é o esmalte. A superfície do defeito é relativamente lisa (não existem irregularidades – “covinhas” –, como nas hipoplasias), permitindo verificar que o defeito se deve a uma falha da maturação da matriz e não da deposição. Em alguns pacientes, podem existir irregularidades, no entanto, essas não estavam presentes aquando da erupção dos dentes – são fraturas pós-eruptivas. O esmalte, como é frágil, poroso e pouco resistente, fratura, mesmo com as cargas oclusais.  A prevalência desta doença varia entre os 4 e os 25%.   O principal problema desta condição é, nos molares, a elevada sensibilidade (pela porosidade) e susceptibilidade à fratura, e nos incisivos, é a estética. O risco de cárie é bastante aumentado, dado terem pouco conteúdo mineral, sendo que as bactérias atingem facilmente as zonas de fratura. Para piorar, como a sensibilidade é grande, o simples estímulo mecânico da escovagem provoca dor, pelo que as crianças deixam de escovar com tanta regularidade. Uma particularidade deste problema é que, quantos mais molares estiverem afetados, maior é a probabilidade de haver também defeitos nos incisivos e mais graves serão esses defeitos. Esta doença distingue-se da amelogénese imperfeita pelo facto de não atingir ambas as dentições nem todos os dentes. Fatores etiológicos Os fatores etiológicos mais comuns da hipomineralização incisivo-molar são: Diabetes ou pirexia materna, náuseas e vómitos tardios; Nascimento prematuro ou baixo peso ao nascer (menos de 2,5 kg) ou parto prolongado; Infeções das vias aéreas superiores, asma; Fibrose quística; Otite média e amigdalites; Doenças exantemáticas; Doença celíaca; Distúrbios gastrointestinais; Défice nutricional; Síndrome nefrótico; Intoxicações por chumbo; Radioterapia… O tratamento de uma criança com hipomineralização incisivo-molar é complicado. As principais razões são: A cárie nos 1º molares afetados progride muito rapidamente – pela porosidade e pelo baixo conteúdo em cálcio; A anestesia é difícil – pela facilidade da transmissão dos estímulos, há uma inflamação pulpar crónica subclínica e torna-se difícil a anestesia atual; Difícil determinar a quantidade de estrutura de esmalte afetado a remover; Há uma repetida destruição marginal das restaurações, pela difícil adesão. De acordo com a severidade das manchas pode ser realizado como tratamento: Microabrasão e microinfiltração com resina (ICON); Branqueamento dentário; Restaurações ou facetas em resina composta e facetas ou coroas cerâmicas (após adolescência).

fio dentário

Fio dentário – antes ou depois da escovagem?

Fio dentário- Antes ou Depois da escovagem? O fio dentário é dos hábitos mais difíceis de implementar na rotina dos pacientes. Talvez não pareça ter muita importância, contudo, quando não é utilizado, favorece o aparecimento das lesões interproximais (entre os dentes) como a cárie dentária, a gengivite e a periodontite. E, quando utilizado, será que é melhor usar o fio dentário antes ou depois da escovagem? Faz diferença?  A remoção da placa bacteriana é mais eficaz se o fio dentário for utilizado ANTES da escovagem, principalmente se bochechar com água depois da utilização do fio e antes da escovagem. A concentração de flúor na zona interdentária aumenta quando o fio é usado ANTES, porque ao eliminar a placa mais superficial, o flúor consegue aderir à placa bacteriana mais profunda conferindo-lhe um maior efeito protetor! Ao contrário do que se possa pensar, existe uma diversidade considerável de fios dentários. Dependendo das necessidades de cada pessoa, será mais adequado um ou outro tipo. Em seguida, enumeramos e explicamos quais são as características que os diferenciam: Fio dentário de nylon ou multifilamento – o mais habitual. Trata-se de um fio de nylon composto por cerca de 35 filamentos trançados. É ideal para casos em que existe pouco espaço entre os dentes, embora tenda a desfiar-se com facilidade. Fio dentário de nylon com cera – a sua característica mais relevante é a presença de cera, ajuda a que o fio deslize melhor, o que facilita a sua utilização quando o espaço entre os dentes é reduzido. Fio dentário de PTFE – este tipo de fio é produzido a partir de um polímero sintético conhecido como teflon, que se caracteriza pela sua elevada resistência. Ao contrário do fio de nylon, é monofilamento, o que o torna menos suscetível de se desfiar. Fita dentária – é uma boa alternativa para dentições com grandes espaços interdentários. Isto porque é mais larga e plana que os fios dentários. Tal como o fio de nylon, está disponível com e sem cera. Superfloss – especialmente indicado para utilizadores de aparelhos ortodônticos.

branqueamento em consultório

Branqueamento Dentário – Qual deles?

Branqueamento Dentário – Qual deles? Os seus dentes estão escurecidos e gostava que os mesmos ficassem mais brancos?  O branqueamento dentário em consultório ou em ambulatório (goteiras + agente branqueador), pode ser uma das soluções para tratar o seu escurecimento dentário. Branqueamento em consultório Neste caso, o tratamento é feito pelo médico dentista no consultório. Habitualmente, demora cerca de 60 minutos e podem ser necessárias várias sessões, em regra, 2/3 sessões até se atingir o resultado pretendido. Branqueamento em ambulatório O médico dentista produz umas goteiras feitas à medida do paciente, nas quais o paciente irá colocar o gel branqueador.  O branqueamento é realizado durante aproximadamente 2 semanas, contudo a duração é ajustada de acordo com as necessidades de cada paciente. Normalmente, é aconselhado dormir com a goteira, sendo o tratamento efetuado durante a noite para melhor conforto do paciente.  Quando não deve ser feito? Dentes com muitas ou extensas restaurações anteriores; Dentes com lesões peri-apicais; Dentes com cáries; Dentes com sensibilidade dentária prévia; Dentes com exposição radicular; Pacientes periodontais; Grávidas ou a amamentar. Cuidados a ter antes e após a realização do tratamento Antes da realização do branqueamento dentário, deve ser feita uma avaliação pelo Médico Dentista para verificar se existe presença de tártaro, placa bacteriana ou pigmentação extrínseca. Caso exista, a sua remoção é fundamental para um branqueamento eficaz/ bem-sucedido. A consulta de destartarização deve ser realizada antes de iniciar o tratamento branqueador.Antes e depois do procedimento, evite fumar ou ingerir alimentos que contenham uma elevada concentração de pigmentos, como café, vinho tinto, chá, frutos vermelhos.O resultado do branqueamento pode ser visível entre 1 a 4 anos, para que isso aconteça é essencial uma adequada higiene oral, evitar alimentos com elevada pigmentação e cumprir com rigor as consultas de controlo do seu Médico Dentista.

mau hálito

Causas do mau hálito

Causas do mau hálito A halitose foi referida pela primeira vez, em 1921, pela Companhia Listerine, tornando‑se um termo médico usado para descrever um hálito desagradável (mau hálito) de causas intra- ou extra-orais. A prevalência de halitose na população geral varia entre 30-50 % e atinge indivíduos de todas as idades e de ambos os géneros. No que concerne à população pediátrica, 14,5-40,9 % das crianças de todo o mundo sofrem de halitose. É a terceira causa mais comum das consultas de medicina dentária, depois da doença cárie dentária e da doença periodontal. O revestimento do dorso da língua, a má higiene oral, as alterações salivares, a doença periodontal e a cárie dentária são apontadas como, exemplos de causas intra-orais e as doenças respiratórias, as desordens gastrointestinais e metabólicas como causas extra-orais. Além das causas orais, a halitose pode advir de causas nasais ou causas gástricas, exigindo um tratamento multidisciplinar, entre o seu médico dentista e médico de família e /ou otorrinolaringologista e/ou gastroenterologista. A remoção mecânica (escovagem) do biofilme oral e dos microrganismos responsáveis pela halitose é o primeiro passo para controlo desta condição. Uma vez que a halitose pode ter origem no dorso da língua, esta deve ser higienizada, como medida principal da prática de higiene oral mecânica. O tratamento da halitose passa, principalmente, por cuidados orais e dentários. O tratamento dentário envolve, por vezes, a repetição de restaurações transbordantes que contribuam para a acumulação de placa bacteriana, dificultando assim a higiene oral e favorecendo a halitose.

dente

Parti um dente… E agora?

Parti um dente… E agora? Habitualmente, as fraturas ocorrem por trauma, por lesões de cárie, por restaurações antigas extensas ou por mau posicionamento dentário. Se sofreu um trauma dentário, a primeira coisa a fazer é… manter a calma e procurar o pedaço (fragmento) do dente partido. Muitas vezes, é possível colar o fragmento e o resultado fica praticamente invisível e estético. Tendo o fragmento dentário e para que o seu médico dentista consiga o melhor resultado possível, é importante mantê-lo hidratado numa solução de pH neutro, que pode ser leite, saliva ou soro fisiológico. Em seguida deve procurar o seu médico dentista.   Se não encontrar o fragmento ou consoante a extensão e gravidade da fratura, é sempre possível fazer uma restauração em resina composta ou uma faceta ou, em casos onde a fratura é mais extensa, colocação de uma incrustação. Dependendo do remanescente dentário poder-se-á ter que fazer uma coroa de revestimento total e a desvitalização do dente. Em casos mais extremos, em que a raiz do dente sofreu uma fratura longitudinal (em comprimento), será necessária a extração da peça dentária fraturada e posteriormente, colocação de um implante e uma coroa sobre o mesmo.   O adequado tratamento dependerá de uma avaliação clínica e radiográfica, onde se observa a presença ou ausência de dor, a extensão da fratura, se o dente está escurecido, se o dente está desvitalizado, se houve afetação da polpa dentária (responsável pela sensibilidade do dente) e se houve fratura radicular.

sensibilidade dentária

Sensibilidade Dentária

Sensibilidade dentária A sensibilidade dentária faz parte das queixas mais frequentes em consultório. Como médicos é importante saber distinguir sensibilidade pós-operatória de hipersensibilidade dentinária. Sensibilidade pós-operatória Sinais e sintomas: Dente restaurado recentemente; Presença de tecido cariado; Sensibilidade com estímulos frios que normalmente desaparece com a remoção do estímulo; Dor à mastigação; Sensação de dente alto. Quando se trata de sensibilidade pós-operatória, o tratamento consiste em refazer a restauração e em alguns casos utilizar bases cavitárias ou aliviar a oclusão.   Hipersensibilidade dentinária Variações de aproximadamente 3 a 60% da população; Em pacientes que realizaram terapia periodontal; 3a/ 4a década de vida; Mais frequente em mulheres que nos homens (sem dif. significativa). Etiologia:  Hábitos de escovagem – frequência exagerada ou técnicas inadequadas; Hábitos de higiene oral insuficientes; Alimentos/bebidas ácidas; Soluções de bochecho com pH acídico.  Grupos de risco: Indivíduos com hábitos de escovagem entusiástica; Doentes periodontais; Distúrbios alimentares; Consumidores frequentes de alimentos/bebidas ácidas; Idosos com recessões gengivais.  Tratamento: Reeducação do paciente- técnica de escovagem e tipo de escova; Conselhos dietéticos; Aplicação no consultório de agentes dessensibilizantes (por exemplo, vernizes de flúor); Restaurações em resina composta; Endodontia; Enxertos periodontais.

respirador oral

Diz-me que és respirador oral sem me dizeres que és respirador oral

Diz-me que és respirador oral sem me dizeres que és respirador oral O título da publicação não podia ser mais apropriado para esta condição tão frequente no dia a dia clínico. Muitas vezes, o diagnóstico da respiração oral é expresso antes de realizarmos a anamnese do paciente, a avaliação facial e postural respondem pelo paciente. Avaliação facial A respiração oral compromete o paciente estética e funcionalmente. Durante a noite a sua capacidade respiratória é reduzida em 20% causando distúrbios no sono e na regeneração celular.

bruxismo

Bruxismo

Bruxismo O bruxismo é uma atividade repetida dos músculos da mastigação, conhecido como o apertar ou o ranger os dentes, culminando em efeitos deletérios na dentição (desgaste dentário), no periodonto, nos músculos mastigatórios e na articulação temporomandibular.  Fatores de risco distúrbios do sono ou parassonias a síndrome da apneia do sono e doenças respiratórias perfil/comportamento: ansiedade, medo, raiva, prática de desportos de competição. A apneia do sono e as doenças respiratórias são o principal fator do bruxismo, isto porque estes pacientes acordam mais vezes (por obstrução das vias aéreas superiores) e tendem a ter mais microdespertares, aumentando assim os episódios de bruxismo. Em relação aos distúrbios do sono ou parassonias existe uma relação estatisticamente significativa entre estas variáveis e o bruxismo: Existe também uma relação estatisticamente significativa entre o perfil/comportamento do paciente e o bruxismo: ansiedade sentimentos de medo e raiva  adultos muito exigentes ou crianças com pais muito exigentes desportos de competição Nas crianças, o desgaste provocado pela atrição fisiológica é considerado normal entre 3/5 anos e a prevalência do bruxismo diminui com a idade, por volta dos 9/10 anos. No entanto, é importante monitorizar as crianças, pois pode haver crianças que desenvolvam sinais e sintomas de disfunção temporomandibular (DTM) o que pode estar associada à dor muscular e à limitação da abertura da boca. Diagnóstico Apertar/ranger os dentes em combinação com pelo menos um dos seguintes sinais: desgaste dentário excessivo; ruídos associados ao bruxismo e desconforto nos músculos da mastigação.O diagnóstico definitivo de bruxismo tem de ser confirmado em complemento da anamnese, do questionário e do exame clínico com o estudo da PSG. Como MD, muitas vezes, não vamos tratar o bruxismo, mas sim os efeitos do bruxismo: dentição, ATM e músculos. Contudo, é importante sermos capazes de identificar a sua etiologia. Tratamento O bruxismo exige um tratamento transdisciplinar: cirúrgico, dentário, farmacológico, etc…  É importante garantir as melhores condições de sono (qualitativo e quantitativo), bem como de dia, estar atentos às emoções e evitar stress, ansiedade ou preocupação desnecessária, para prevenir ou eliminar o bruxismo. Referências Bibliográficas: Cabral, L. et al. (2018). Bruxismo na infância: fatores etiológicos e possíveis fatores de risco, FOL, 28(1), pp.41-51 Chisini, L. et al. (2020). Interventions to reduce bruxism in children and adolescents: a systematic scoping review and critical reflection, European Journal of Pediatric, 179, pp.177-189 Clementino MA, et al.,(2017). The prevalence of sleep bruxism and associated factors in children: a report by parents. , European Archives of Paediatric Dentistry, 18(6), pp.399-404 Rédua, R.et al. (2019). Bruxismo na infância – aspetos contemporâneos no século 21 – revisão sistemática, Full Dentistry in Cience, 10, pp. 131-137

extração dentária

Cuidados após extração dentária

Cuidados após extração dentária Após uma extração dentária, o médico dentista enumera uma extensa lista de cuidados a ter nos dias seguintes, mas que na maioria das vezes, o paciente quando sai do consultório acaba por esquecer algumas recomendações. Assim sendo, a seguinte lista pode ajudar a cumprir com mais facilidade e rigor as recomendações do seu médico dentista: Manter uma compressa a pressionar a zona da extração nos primeiros 20 minutos após a cirurgia; Colocar gelo sobre a face na região da extração durante períodos curtos (5 minutos a cada hora) durante as primeiras 24 horas; Evitiar alimentos rígidos e crocantes, bem como comida muito quente; Dar preferência a uma alimentação líquida e fria. Evitar fumar e ingerir bebidas alcoólicas; Cumprir a medicação recomendada pelo médico dentista, em caso de necessidade; Manter uma boa higiene oral; Evitar bochechar de forma vigorosa ou cuspir; Dormir com a cabeça numa posição mais elevada (com uma almofada alta, por exemplo); Reduzir atividade física nos primeiros dias.

atividade clínica

Repensar as recompensas na atividade clínica

Repensar as recompensas na atividade clínica Existe, de forma evidente, alterações que o setor da medicina dentária deverá sofrer para se manter saudável e em crescimento.   O futuro passará por redefinir os padrões atuais e aplicar a reestruturação que for possível para que o rumo desta atividade siga o que é desejável, não sobrevivendo apenas, mas continuando a dar cartas até contra condições menos favoráveis como, por exemplo, um cenário pandémico semelhante ao que vivemos.   Escrevo porque abordei e analisei cerca de 30 clínicas dentárias desde o início de 2020 e, embora não seja médico dentista, a compreensão e sensibilidade pelos diversos elementos que compõe uma estrutura clínica têm vindo a crescer. Com isso, não posso deixar de refletir sobre alguns aspetos.   Manter uma estrutura setorial resiliente é um processo complexo. Estamos a falar de um setor que a nível nacional produz cerca de mil milhões de euros por ano e que, além de tudo, tem vindo a crescer. Os seus maiores intervenientes são os médicos dentistas, como é evidente. Em Portugal, a realidade é, ainda, de que a maioria das empresas prestadoras deste tipo de serviços é gerida pelo próprio médico dentista e diretor clínico e, é a partir daqui que, na minha opinião, são levantadas questões quanto ao próspero futuro desta atividade profissional fundamental para toda a comunidade.   Todos conseguimos entender números simples, efetuar encomendas e pedir ao “nosso contabilista” que faça o pagamento de salários. Sei que gerir tem bastante mais a apontar, no entanto, é nas entre linhas que me quero debruçar.   Além da compreensão e interação entre a equipa, gerir prende-se com a interpretação de sistemas e na otimização dos mesmos, através dos resultados gerados. Em grande parte das empresas, esta análise não é feita. O ideal seria encontrar melhores resultados na empresa, tornando possível planear e oferecer mais, e melhorando condições para todas as partes intervenientes sem haver qualquer prejuízo com isso, daí a parte de a gestão ter bastante relevância na reorganização e criação de valor no setor.   De forma geral, nas clínicas abordadas e analisadas encontram-se alguns problemas, como as instalações, os equipamentos, licenciamentos, organização de documentação, a inexistência de objetivos traçados, entre outros. A concorrência poderia ser um fator de maior peso e alvo de análise, mas foi percetível que a distribuição das recompensas laborais parece de longe ser o fator mais devastador. Esta leva-nos diretamente a uma das maiores questões vividas atualmente no setor, que é a precariedade da profissão do médico dentista e não só. Os recursos humanos são, de facto, uma das maiores despesas que uma empresa tem. Contudo, na medicina dentária vê-se um funcionamento geral regido pelo pagamento aos prestadores de serviços externos, os profissionais de medicina dentária, através de uma comissão ao valor total cobrado pelo serviço, mas não é aqui que está o problema.   O foco central está virado para os “Gastos com Pessoal”, os funcionários remunerados. Neste item, ficam separados os indivíduos remunerados pertencentes a órgãos sociais da empresa, normalmente, os diretores clínicos e fundadores da empresa, e os que não são pertencentes aos órgãos sociais, os assistentes dentários.   O que se verificou foi que na maioria das empresas analisadas, as dificuldades em serem lucrativas advêm de os salários distribuídos aos “donos das empresas” serem bastante superiores relativamente aos restantes funcionários, normalmente, os que ocupam o cargo de assistentes dentários, podendo chegar a ser 3 vezes maior. Não fosse suficiente, em muitos casos existem até salários extra, pagos a cônjuges ou outros entes chegados, podendo até nem ter qualquer intervenção no desenrolar da atividade. Muitas vezes o que leva a esta tomada de decisão é apenas uma questão do peso da carga fiscal, quer na perspetiva da entidade empresarial quer na do trabalhador independente ou por conta de outrem.   A precariedade vivida no setor cai sobre os médicos dentistas trabalhadores independentes, mas também sobre os assistentes dentários, que veem as suas condições laborais limitarem o crescimento.   Inevitavelmente, isto irá refletir-se na prosperidade do setor, por isso, é importante que seja corrigida.O contraste entre as remunerações mais altas (pagas aos fundadores), os salários mínimos (pagos ao cargo de assistente dentário) e as comissões baixas sem complementos salariais base (pagos ao médico dentista) são um fator negativo por diversos motivos.   Primeiramente, os médicos dentistas externos que, em muitos casos, trabalham por uma percentagem minoritária do valor total de cada consulta, sem qualquer complemento auxiliar base, ficam em desvantagem competitiva para com os fundadores da unidade, passando os primeiros a ser cada vez mais dependentes da empresa que os contrata e não o contrário como seria de esperar, sendo eles trabalhadores independentes. Tudo isto tem também impacta no desenvolvimento e crescimento da carreira dos profissionais mais jovens que, embora não tenham investido numa clínica dentária, estão no mercado a viver num ciclo sem fim onde, dificilmente, terão a possibilidade de angariar fundos para explorar novas especialidades e planear a abertura do seu próprio estabelecimento ou negócio na área. Em segundo lugar, os assistentes dentários que, em muitos casos, trabalham muito, tratando de tudo aquilo que deveria ser gerido pelo diretor clínico ou gerente da empresa, mas que, ainda assim, vivem com um estilo de vida apertadíssimo, com alargada carga horária, demasiada responsabilidade e uma crescente desmotivação profissional, onde o seu foco de trabalho não se rege pela parte da assistência dentária em si.   A solução, nas clínicas que têm este problema, parece-me a mim que passa, em primeiro lugar, pela reavaliação das decisões tomadas anteriormente por quem gere a clínica. De forma prática, poderiam ser aproveitados os excessos salariais, aqueles que entram no bolso do patrão de forma não medida, mas que ferem os restantes. Isto é possível mantendo o princípio de ter uma estrutura lucrativa. A resolução poderia passar por redefinir essa mesma distribuição das remunerações, para algo mais medido, reduzindo o salário de maior dimensão e cortando os que não têm impacto direto na atividade.   Após essa alteração, seria possível detetar qual a

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